domingo, 8 de março de 2015

Corrente de ar

Não é sequer uma ventania, e muito menos o furacão que se pretende. Hoje em dia as redes sociais e a internet aproximam-nos de quem pensa fora da caixa, ajudando a criar a ilusão de que existe contestação ao poder instituído mas, na realidade, não passa de uma tímida, apesar de louvável, corrente de ar. Que persiste é certo, resiliente e resistente como nos tempos em que se distribuíam panfletos pelos becos e ruelas de Lisboa denunciando as dúbias  intenções de banqueiros e das multinacionais corporações, alertando para os perigos da industrialização e intensificação da agro-pecuária e das continuadas agressões ao ambiente.
Pois, parece que ainda não vai ser desta, mesmo com as fraudes confirmadas, com a corrupção à vista de todos, com provas evidentes do favorecimento de uns em detrimento de outros, mesmo com tudo isto a inação grassa. Talvez daqui por mais vinte anos, ou duzentos. O importante é persistir, denunciar, não permitir o esquecimento e nunca desistir.

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