quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Sarita sentada na lua


Como eu e tu nasceu nua de preconceito
com olhos para ver e aprender com o Mundo, perfeita imperfeição.
Olhando o seu despenteado pai ri-se porque não sabe o que é um pente. Não conhece o efeito opressor de tal objecto, nesta coisa de estarmos todos cada vez mais bonitos por fora mas tão despenteados por dentro.
O maior desejo deste despenteado e muito babado pai é que quando chegar a altura da Sara conseguir ler e  entender estas linhas já alguém tenha inventado um tão necessário pente para a alma.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A travessia da Sara (ou 1+1=3,14)

Se usássemos mais a cabeça e menos os pés para pensar poderíamos tentar (não mais do que isso, para começarmos com calma) relacionar o facto de termos mantido as mulheres na gaveta durante tantos séculos com a situação em que o Mundo se encontra hoje. Sem valores (morais, obviamente, já que o que não falta por aí é valor acumulado), sem respeito (pelas pessoas, pelo planeta, etc. e tal), sem amor (o que poderia até parecer lamechas se não fosse apenas essencial para a nossa existência).
Desrespeitar e menosprezar a Mulher é o derradeiro tiro no pé por parte desta incongruente Humanidade.
E não é fácil de encaixar este conjunto de novos valores que vai emergindo (o correcto passa fome, o honesto fica para trás, o solidário é otário, o pobre é lixo). Muito menos para alguém de uma geração que viu com os seus próprios olhos os muros a cairem, as mulheres a conquistarem a pulso o seu merecido lugar na sociedade, apesar do enorme trabalho que ainda há pela frente a ser feito nesta matéria.
Uma geração que pôde testemunhar que a cor da pele é apenas e nada mais do que uma variação de tom, que o lugar onde se nasce não faz o Homem.
Como tal, nunca me tinha ocorrido que um dia poderia ter de ensinar a um filho (ou filha no meu caso) precisamente o contrário do que aprendi, porque corro o risco de lhe passar valores de Humanidade e justiça que a poderão prejudicar no futuro. Para dizer a verdade, nunca me tinha ocorrido ser pai nesta vida e talvez por isso só agora esteja a acordar para esta estranha realidade.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Escuta só!

Um dia apelidada de "a melhor banda de rock de sempre", apesar da sua curta vida, Mano Negra é a celebração constante e efusiva do que é estar vivo e dar tudo o que se tem em todas as ocasiões. Um álbum com um lado eléctrico e electrizante  e outro acústico e apaziguador. Perfeito para um domingo de sol.

Cala-te boca. Ou os piropómanos e o papel da mulher na sua própria emancipação.

Repescando um assunto que andou literalmente nas bocas do mundo há umas semanas atrás deu-me para analisar esta coisa dos piropos, podia ter-me dado para pior, ou não,  mas isso agora não interessa nada. Ora, o aparentemente inofensivo piropo é, em certos casos, uma invasão de privacidade, um entrar sem ser convidado, uma invasão do espaço de outro. No caso do piropo homem-mulher o que pode acontecer é causar uma desnecessária sensação de insegurança e stress no receptor, um desconforto que não existiria se aprendessemos a calar a boca, o que, se pensarmos bem, até nem é muito complicado, basta mantê-la fechada para que não replique em palavras aquilo que nos vai no cérebro (que é muito mais complicado para fechar). Outros piropos há que são apenas e só frases que nunca deveriam ser ditas, em nenhuma situação, por serem ridículas, ou perfeitos atentados à língua portuguesa (como por exemplo o clássico "chupava-te os seios até aos ossos" que eu não podia deixar de mencionar, como é óbvio). Também há os que são inofensivos, geralmente precedidos por um qualquer subtíl sinal do/da receptor(a).
Acontece que já estive dos dois lados desta piropomania algumas vezes e, como macho que sou, não me importei nada que me dessem umas buzinadelas, ou me mandassem alguma boca mais espirituosa. Mas do outro lado a coisa torna-se bastante mais desconfortável, principalmente porque há uma pressão constante da restante matilha (por exemplo para quem trabalha no exterior, telecomunicações,  construção, etc.), que nos fixa atentamente para verificar se estamos a prestar atenção à moça que passa, mesmo que ela não nos desperte o mínimo de interesse. E Deus nos livre se não nos babarmos um bocadinho que seja quando elas passam, porque isso então dá direito a julgamento imediato no tribunal do fundamentalismo machóide.
Apesar de tudo isso a minha sincera opinião é que o piropo é, no geral, inofensivo. Pensando bem quantas relações nem sequer chegariam a sê-lo se não fosse o tal piropo envergonhado atirado na altura certa (por eles ou por elas)? Por isso, e neste caso do piropo, não lhe consigo atribuir a importância que lhe deram nas últimas semanas, nem vejo nele um  potencial limitador das liberdades femininas, ou pelo menos não tanto como outros fenómenos que proliferam actualmente, como a ditadura do Photoshop e os modelos de beleza impostos pelas próprias mulheres umas às outras. Ou o facto de escolherem voluntariamente ser "acessórios" para homens de negócios ou jogadores da bola exibirem como troféus em festas e jantares.
Aos piropómanos basta calá-los, respondendo ao piropo no mesmo tom (podia dar aqui vários exemplos mas deixo um que se passou com a minha mãe e, para além de didáctico, tem um toque de terapêutico: Numa despedida de solteira, um grupo de senhoras passa por dois policias na rua e um diz para o outro: eh lá tanto gado! Vai ela e diz: pois, mas não estou a ver aqui a sua mãe.), portanto, coisa simples e com certeza bastante mais acessível do que acabar com a objectificação da mulher, que é um dos maiores entraves no seu caminho para a igualdade.

domingo, 30 de novembro de 2014

Isto quer é carinho

O tema dominante da semana passada foi, como não poderia deixar de ser, a detenção do Engenheiro Sócrates por suspeita de fraude fiscal e corrupção (inacreditável não é?). Entre cozidos à portuguesa e literatura francesa ficámos a saber que Mário Soares é como um segundo pai para o Doutor Sócas,  como é conhecido por uma larga franja da população, e que está disposto a fazer as mais tristes figuras para mostrar a sua indignação. Verdade seja dita que apanharam o homem na hora da sesta e por isso estava um pouco resmungão à conta da birra.
Voltando ao Sócras, e isto é informação isenta e de fontes fidedignas, parece que acumulou cerca de 20 milhões de Euros a desenhar marquises e anexos por toda a cidade da Guarda, só que guardou o dinheiro num banco na Suíça,  porque, como toda a gente sabe, os suíços são uns gajos sérios em quem se pode confiar para guardarem segredo sobre dinheiro legitimamente auferido, o que é extremamente necessário para que ninguém descubra que ganhamos dinheiro honestamente. Não quer dizer que em Portugal os bancos não sejam igualmente sérios, os suíços dobram é as notas como ninguém porque são muito arrumadinhos e essa é a principal razão porque muita gente os prefere.
Ora o Engenheiro deve estar fulo da vida porque é preciso muito azar para se ser o único ex Primeiro Ministro a ser apanhado em "esquemas" cá pelo burgo. Afinal quais serão as probabilidades de um político ser chamado à Justiça? Mais ou menos as mesmas que eu tenho de acertar no Euromilhões.
Cá para mim eles sentaram-se todos a uma mesa, com o Salgado à cabeceira e disseram: Bem, isto está a rebentar por todos os lados.  É Tecnoformas,  é submarinos,  é Vistos Gold,  é 8 mil milhões de dívida do BES. Alguém vai ter que se sacrificar,  e todos logo a olhar para o Sócrates com cara de aliviados. Claro que ele, com a sua reconhecida capacidade de dar a volta a situações adversas, ainda conseguiu convencê-los a tirarem à sorte,  mas apenas para acabar por lhe sair o palito mais pequeno.
No meio do corropio de visitantes destacou-se, além do Doutor Soares pelas já referidas razões,  uma anónima senhora que pretendia apenas levar um pouco de carinho ao Engenheiro porque, segundo ela, todos precisamos de carinho. Infelizmente não deixaram a senhora entrar, o que a deixou muito desiludida, mas eu acho que ela não tem com que se preocupar porque o Carlão é homenzinho para fazer um cafuné no Sócas quando estiverem os dois a fazer conchinha antes de dormir.

sábado, 29 de novembro de 2014

Escuta só - rubrica cultural

Já agora para quem não conhece experimentem o álbum S.C.I.E.N.C.E. de Incubus, para mim um dos poucos álbuns, de qualquer banda,  que se pode ouvir do princípio ao fim e estar sempre na ponta dos sentidos, com os ouvidos em alerta para tudo o que estes senhores conseguem fazer. Infelizmente têm andado distraídos nos últimos tempos os membros da banda de Brandon Boyd,  mas este magistral disco já ninguém lhes tira. 

Põe os olhos nisto - rubrica cultural

À luz dos recentes acontecimentos de Ferguson, Estados Unidos,  deixo duas sugestões de filmes sobre a temática da tensão nas relações interraciais, o abuso de autoridade e a brutalidade policial. Ambos com cerca de 20 anos mas assustadoramente actuais. Muito bem realizados e acompanhados por bandas sonoras do mesmo calibre.

Do the right thing (faz a cena certa 1989) Spike Lee realiza e interpreta o papel de Mookie, um entregador de pizzas num bairro dos subúrbios de Nova Iorque em que a temperatura vai aumentar, e não só por conta do sufocante calor no dia mais quente daquele Verão. Uma visão realista, sem maquilhagem, da realidade norte americana. Com John Turturro, Ruby Dee, Danny Aiello e Samuel L.Jackson.

La haine (o ódio 1995) Um filme de Mathieu Kassovitz que retrata a noite de três jovens amigos de um bairro de emigrantes, maioritariamente árabes, e as provações e obstáculos que se colocam a estes putos suburbanos a toda a hora. Um pungente olhar sobre a fragilidade da razão e as raízes do preconceito.
Com Vicent Cassel,  Said Taghmaoui, Hubert Koundé, entre outros.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Então é assim...

Isto não está para mártires. E muito menos para falíveis líderes com pés de barro.
Sendo assim, o associativismo pode ser uma das soluções,  em conjunto com outras, para a atual situação de crise (financeira mas acima de tudo moral) que enfrentamos.
Associações que controlem os municípios,  evitando o despesismo dos concursos públicos para aquisição de bens e serviços (nada públicos como eu já tive oportunidade de testemunhar pessoalmente), acabando com o compadrio e o amiguismo e por consequência com os gastos supérfluos e os negócios fraudulentos.
Associações de consumidores que negoceiem diretamente com associações de produtores, eliminando as astronómicas margens de lucro que apenas servem os intermediários e prejudicam todos os outros (vulgo lucros para Belmiros), baixando assim o preço dos produtos para o consumidor e aumentando os dividendos para o produtor (do pescador ao agricultor, tantas vezes obrigados a vender por preços irrisórios e a ver os preços aumentar até dez vezes mais nos escaparates dos hipermercados) de uma cajadada só.
Associações de trabalhadores que defendam realmente os seus interesses (alguns dirão que temos sindicatos para isso mas eu diria que basicamente não funcionam, estão demasiado moldados e desgastados pelo sistema), que discutam afincadamente com o patronato melhores condições laborais, sem concessões nem recuos.
Associações de cidadãos que vigiem os políticos, que eu penso serem a porta para a corrupção e por isso dispensáveis mas, a existirem, que sejam muito mais escrutinados e mantidos debaixo de olho.  O que se torna mais eficaz se for feito a nível local. Que se mantenham atentas aos bancos, à CMVM, à ERC e a todos os supervisores que nada supervisionaram até hoje. Até porque não me parece grande ideia os bancos, por exemplo, serem supervisionados por banqueiros (BdP, BCE, etc.). Que negoceiem a dívida com o FMI, devidamente descontando as falcatruas que levaram aos alarmantes números da dívida pública (facilitação de empréstimos,  especulação financeira e imobiliária, manipulação dos mercados, etc.).
Tudo organizado localmente por quem conhece a realidade e as necessidades locais e não centralizado em Lisboa ou em Bruxelas.
Obviamente isto é complicado de gerir, é preciso dispensar tempo para estar presente e atento. E eu bem sei que por vezes nem paciência há para ir a uma simples reunião de condomínio,  mas todo este descalabro que temos hoje, a corrupção que já nem se disfarça, a injustiça social, a perda de qualidade de vida no fundo, tudo isto é fruto de termos relaxado e delegado funções essenciais à nossa existência (com dignidade e acima de tudo felicidade que é um direito de todos nós) a pessoas que não nos representam.  E como poderiam? Poderá um senhor que vem da Guarda saber o que é melhor para Armação de Pêra? Vindo de uma cidade na Beira interior o que poderá ele saber sobre uma vila piscatória no Algarve? E o que raio é que Angela Merkel poderá fazer por nós,  para além de tentar tornar-nos em mini alemães?  Mas com menos licenciaturas obviamente.
Por isso, a modos que o que eu penso é que o tempo dos mártires já passou e temos de nos mexer, em conjunto, mas cada um por si próprio,  pelas suas próprias razões. Caso contrário ficamos na mesma,  ou pior. Boa noite e obrigado. 

p.s.- Ó Xyco anda cá contribuir com a tua verdade que isto assim fica muito unilateral.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Pedro e o lobo

Os políticos não são todos iguais?
Já não se trata de uma afirmação mas sim de uma questão. Legitimada, até prova em contrário, por factos que se repetem vezes demais, e cada vez mais. Que se tornam cada vez menos esporádicos e mais sintomáticos, por consequência mais dificéis de ignorar.
Mas, para não variar, foi recentemente proferida esta barbaridade por um dos nossos mais altos representantes, aquando da detenção de José Sócrates. Quem mais senão o Exmo. e Valiosíssimo Dr. Pedro Passos Coelho, que já nos tem habituado a estas pérolas de sabedoria vindas do alto da sua inabalável idoneidade.
Um senhor cuja palavra tem menos valor do que um post neste humilde mas sincero blog. Um político que ludibriou os seus eleitores com inverdades e inconseguimentos, e continua a fazê-lo de cada vez que não consegue enfrentar-nos nos olhos e dizer-nos que está do lado daqueles que corrompem o país em busca de mais e maior lucro para as suas fortunas privadas e não do nosso lado. Que é o das famílias carenciadas, do crescente número de desempregados (digam as "estatísticas" o que disserem), do país onde uma em cada três crianças está em risco de pobreza.
E o que fica do esforço deste Governo? Nada de muito diferente. Uns submarinos alemães que estavam prontinhos para ser desmantelados mas que adquirimos, em mais um processo fraudulento (certamente uma fraude desigual executada por políticos desiguais), por uma quantia exorbitante, muito acima do valor das duas latas velhas. A queda do BES? Poucos dias após uma operação de capitalização que lesou milhares de pequenos acionistas, impelidos a investir pelas reconfortantes palavras do BdP e do próprio Exmo. e Reafirmadíssimo Dr. Aníbal Cavaco Silva, entre outros que afirmaram que o banco estava sólido, enquanto os grandes acionistas eram avisados para a eminente queda do mesmíssimo banco. Se isto tiver outro nome que não fraude agradeço que me informem para eu trocar de dicionário. Ou os Vistos Gold? Uma medida sem pés nem cabeça, profundamente racista na minha humilde opinião, que apenas serviu para aquilo que foi criada, agilizar a corrupção instituída no sector imobiliário. Uma área que pouco contribui para a criação de postos de trabalho e em que os galáticos lucros são divididos entre dois ou três intervenientes e pouco mais, só se for em almoços que dinamizem a economia local.
Realmente os políticos não são todos iguais. Mesmo quando pensamos que já ouvimos de tudo há sempre um que vem e nos surpreende. Neste caso de PC pela inquestionável lata.
Ouvimos também recentemente alguém dizer que se acabou a impunidade. Para quem? A não ser que já tenham conseguido provar a inocência do Dr. Ricardo Salgado e eu não estivesse atento. Ou vai na volta nem sequer cometeu qualquer tipo de crime e é normal desaparecerem 3.6 mil milhões sem ninguém reparar, entre outras coisas. É possível que seja apenas o meu iletrado cérebro a fazer confusão, mas entretanto vou esperar para ver o desfecho deste caso de importância vital para muitos outros que se adivinham, se a impunidade realmente terminou.
O melhor é esperar sentado porque isto é capaz de demorar um bocadinho até chegar aos outros políticos, os que não são iguais.


domingo, 23 de novembro de 2014

Só para te calar a boca - espaço culinário

Tarte de natas e suspiros saídos do forno

E o Salgado é para quando?

No passado Sábado o país acordou alvoroçado com a notícia da detenção aparatosa de um famoso emigrante à sua chegada ao aeroporto à meia noite de sexta feira.
Numa espécie de Casa dos Segredos ao mais alto nível houve câmaras apontadas para carros em movimento e portas entreabertas, na esperança de captar a silhueta do dito, ou uma orelha, ou o nariz, ou um fio de cabelo do mesmo.
Não que eu seja um apoiante de José Sócrates, pelo contrário, até sou daqueles que não está espantado com a sua detenção mas, sou pela presunção de inocência até prova em contrário de qualquer cidadão  que seja detido, neste ou noutro país. E ainda mais sou pelo direito à privacidade, que muito menos deveria ser ignorado por funcionários da Justiça que convidam repórteres para assistirem a detenções, como foi o caso.
Ora o sujeito foi detido e logo julgado e sentenciado, sem direito a julgamento, ao vivo e em directo graças às câmaras das televisões e aos jornalistas que se prestaram mais uma vez a denegrir a já de si fragilizada imagem do jornalismo em Portugal. Será que um jornalista não pode recusar-se a fazer um trabalho que vá contra o seu código deontológico? Se isso é coisa que ainda exista porque, para mim, os atropelos são constantes e o jornalismo no nosso país virou um circo, sem desprimor para com as artes circenses. E isso preocupa-me muito mais do que políticos corruptos ou banqueiros mafiosos, porque esse sim é um sinal da total e irreversível perda de todos os valores que regem uma democracia. O jornalista é a última barreira entre o povo e o seu opressor, é o polícia dos polícias por assim dizer, é ele que vigia com olhar acutilante os irresponsáveis tratados que se negoceiam nas nossas costas. É ele que denuncia, por sua conta e risco, as secretas negociatas das elites. O último bastião da liberdade pensando bem, coisa séria portanto, que não devia ser levada com esta leveza de reality show. Numa altura em que cada vez mais jornalistas perdem o seu posto de trabalho isto leva-me a pensar se a selecção estará a ser feita da melhor maneira, e por quem.
Dito isto espero que continuem as investigações e detenções, mais discretas obviamente, e que depois de todo o circo haja condenações para acompanhar e não ser apenas mais do mesmo, fumo e espelhos. Por falar nisso onde é que anda o outro que queria pôr o Moedas a funcionar?

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Esqueçam o copo

O copo esteve, está e estará sempre meio cheio. Não passa de uma diversão, luzinhas a piscar para distrair do que importa, que é o que raio poderemos fazer com o copo? E de preferência antes que ele desapareça.  Por isso e apesar dos apesares,  por aqui continuarei a teclar nas mesmas teclas, teimando em teimar. Não porque veja tudo negro, mas precisamente pelo contrário. Já senti na pele oceanos de emoções,  tempestades de sensações, abocanhei o traseiro da vida, finquei os dentes e deixei-me levar no turbilhão, sem travões, nem polícias,  nem barreiras para me atrasar. E me perdi, e me apaixonei sem regresso pelo chão que piso, pela Terra que me acolhe, pela Lua que me embala em sonhos que valem pela vida. Sonhos como todos os sonhos, de liberdade sem fim. Que me perseguem quando estou acordado, entre as anestesias, e não consigo olhar para o lado e ver só o arco íris, e ainda menos desligar-me da corrente.

domingo, 16 de novembro de 2014

Que seca de corrupção

Isto assim  já nem tem piada nenhuma, o Governo de Passos Coelho começa a perder o efeito surpresa. É preciso inovar nas trapalhadas, apostar em gente nova, com a mesma apetência para a corrupção e queda para a incompetência, mas que ao menos a gente não conheça, só para quebrar a monotonia.
Pois bem, esta semana foram os Vistos Gold que deitaram por terra mais uns quantos que andavam a encher os bolsos à conta do erário público. Rebentou para todos os lados o escândalo, director nacional do SEF, secretária geral do MJ, presidente do Instituto dos Registos e Notariado, tudo gente séria portanto.
Isto foi, obviamente, uma notícia que apanhou desprevenidos muitos portugueses, porque claramente tinha tudo para dar certo esta exponencial ideia do Vice PM, o irrevogável Paulo Portas.
Senão vejamos, que outro sector fundamental para o país precisaria tanto de incentivos como o imobiliário (de luxo)? Que, como todos sabemos, é onde se encontra o grosso da massa salarial dos portugueses. Além disso já não é de hoje que tudo o que são renegados, mafiosos, corruptos, ditadores expatriados,  etc. escolhem o nosso solarengo país para gozarem as suas merecidas reformas. Sendo assim, parece-me apenas natural aproveitar para lhes sacar algum do dinheiro que angariaram com as suas desonestas actividades, já diz o ditado.
O que é que interessa se são assassinos, ou traficantes de escravos, não nos vamos agora estar a prender com pormenores de somenos importância. Para mim é coisa para me encher de orgulho, sinto-me quase um holandês ou um cidadão de qualquer outro desses países governados por piratas, outro pequeno pormenor, topo de gama da Europa é preciso lembrar. Porque se há coisa em que a Europa está unida é nisto da corrupção, não há fronteiras para a instituída rebaldaria, o que é normal porque o dinheiro não tem bandeira, ou cor, ou religião.
Queres ver que foi desta que o Passos Coelho se demitiu? Não? Ok, então demitiu alguém,  de certeza absoluta. Nem por isso, até houve um Ministro, que é socio de um dos envolvidos, que apresentou a demissão,  mas o PM não aceitou. Faz sentido, o Passos deve andar a beber da mesma água que o Marques Mendes e passa-lhe tudo à frente do nariz mas ele não dá por nada, ou então passa-se tudo nas suas costas, e aí a conclusão é que juntando estes dois a Cavaco ficamos basicamente com três pisa papeis, ou dois pisa papeis e um bibelot. Caríssimos diga-se de passagem. 

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Um pequeno aparte

Nenhum sorriso ficará sem retribuição da parte deste que vos escreve,  nem deixará de ser oferecido pelo próprio, em nenhuma situação, a quem o mereça e/ou precise.
Dito isto, não há cu para intrujas, aldrabões, fala baratos e outros que tais, vindos de que quadrante for, político,  geofísico, social, biológico, morfológico, antropomórfico, etc., etc.
Quem quiser ser respeitado tem bom remédio,  é dar-se ao respeito.  Aqui não somos degraus para ninguém, e quem quiser subir que venha preparado para se estatelar no chão. Boa noite e obrigado.

sábado, 8 de novembro de 2014

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O último português e a globalização da apatia

nota introdutória (uau): não se oferecem soluções, apesar de por vezes a solução estar na não repetição de um erro. apenas testemunhos  e pensamentos na primeira pessoa. quem procura direções é comprar um gps ou ir ao google maps.


Aos 37 anos estava perfeitamente acomodado, moldado ao meu sofá e acoplado ao comando da televisão.  Feliz com o emprego em que quase pago para trabalhar mas mesmo assim é melhor do que estar desempregado. A chama insubmissa e revolucionária da adolescência deixei-a numa gaveta distante fechada a sete chaves, todas elas atiradas para bem longe junto com todas as questões sem resposta que apenas perturbam o meu bem estar e me impedem de curtir os meus dois dias sem grandes chatices e inconvenientes. Como pensar, questionar,  agir e todas essas coisas que se metem no caminho da minha diversão. Lutar pela vida pode ser muito bonito mas traz dores nas costas, rugas, inquietações e até rasgos de loucura por vezes. Ainda para mais quando temos de trabalhar ao mesmo tempo. Resumindo,  um aborrecimento.
Nada que me interessasse, até há uns meses atrás em que a Sara decidiu acabar com o meu sossego,  liderando uma revolução contra o meu comodismo ao escolher nascer daqui a um par de meses. Fui assolado, em catadupa, por tudo o que me indignava neste desequilibrado Mundo. A gaveta arrombara-se a si própria, rendida às evidências. Se quisermos um futuro vamos ter de nos mexer no presente era a frase que ecoava na minha cabeça. Porque, afinal, teria eu mudado assim tanto nos meus ideais, ou teriam os motivos da minha revolta mudado nestes últimos vinte anos?  Na realidade nem uma coisa nem outra, continuo a acreditar que podemos fazer melhor e partilhar os recursos existentes e não açambarcá-los, e se algo mudou naquilo que me faz questionar foi para pior. Por isso não faz sentido deixar de ser quem sou porque eu sou o produto do meio que me rodeia.
Todo este processo de reconexão comigo próprio acabou por trazer-me a recordação de alguém com quem tive a honra de poder partilhar ideias pessoalmente algures nos meados dos anos 90, num 1° andar perto do Bairro Alto apinhado até ao tecto em livros e quase sem mobília. Um homem dedicado a testemunhar as atrocidades cometidas contra a Humanidade pelos poderosos banqueiros, politicos, empresários e sacerdotes, através da divulgação desse testemunho,  em letra impressa por ele próprio no seu apartamento. Um soldado ao serviço da liberdade, e não de algum exército,  que estivera em vários países a lutar pela justiça social, encabeçando várias revoluções, arriscando a vida por desconhecidos. Arriscando tudo pela liberdade. Falo de Zé Barembé, como todos os anarquistas um radical (que, se ainda por cá andasse, teria concerteza apertado o pescoço traiçoeiro de Durão Barroso por ter vendido o seu pais), mas , nem por sombras um idiota. Longe estava eu de imaginar que estava a falar com o último português (sim, Pessoa estava enganado quando disse que não havia portugueses desde o Renascimento).
Isto tudo para chegar a um assunto que não parou de me moer o juízo o dia todo,  que é aquela previsão que diz que em 2060, ou seja em 40 e poucos anos, 22% da população portuguesa terá desaparecido. Ora, mas que raio é que se poderá passar para acontecer tal desgraça? Um surto de alguma fulminante epidemia, uma guerra mundial, uma invasão extraterrestre? Mas isso são tudo coisas que não se conseguem prever, por isso suponho que não contem para cálculos estatisticos. Então mas afinal que força sobrenatural faria reduzir tão drasticamente a população de um país? Um pequeno país, é preciso relembrar, com recursos para sobreviver sem se prestar a indecorosas vassalagens a elites mal intencionadas.
Seria necessário uma espécie de genocídio económico,  sem aspas, um empobrecimento forçado. Não é preciso ser-se economista para perceber que nos últimos 50 anos,  não só aqui mas um pouco por todo o Mundo,  os preços dos bens não pararam de aumentar. Temos o exemplo do vulgar cafézinho, que há poucos anos custava 25 cêntimos e agora mais do dobro. 
E quem é que não se lembra de ouvir os pais e avós contarem histórias em que tudo se pagava com tostões? O mesmo se passará connosco e os nossos filhos porque há aqui um padrão inflacionista,  que é como uma corda no nosso pescoço que aperta a cada dia que passa em conjunto com cada vez mais impostos para pagar.
Ambos estes fenómenos (inflação e impostos), são artificialmente manipulados pelos Bancos Centrais ao imprimirem moeda sem garantia ( o valor do dinheiro é indexado ao ouro e nem o Sapo Cocas me faria acreditar que existem reservas de ouro para sustentar todo o dinheiro colocado em circulação) e ao emprestarem em maciças doses a Governos (claramente corruptos) que acabam por sobrecarregar os seus cidadãos com taxas para poderem pagar esses empréstimos.
Ora este genocídio terá responsáveis, uma vez que não é fruto do acaso e não se tratam propriamente de causas naturais as  que referi. Tem caras e nomes para as acompanhar.  Os constantes recados do FMI, da Comissão Europeia e de Angela Merkel (que eu não me lembro de ter visto no boletim de voto) são mais do que prova do assédio, do bullying econoclasta se quiserem, para sermos mais internacionais e globalizados.
E já agora, porque isto me está atravessado desde esta manhã, por falar em globalização,  a única globalização que se concretizou foi a financeira, com fronteiras abertas para as grandes empresas aniquilarem a concorrência (comprando-a) e deslocarem os seus meios de produção para países onde se possam aproveitar das escassas leis e de autoridades corruptas para aumentarem os seus lucros. Contribuindo para a degradação das condições de trabalho e consequentemente do próprio valor do trabalho, fazendo com que, por exemplo em Portugal,  os salários se mantenham em valores historicamente baixos e obrigando as populações a imigrarem para países mais ricos,  perdendo-se assim o investimento feito pelos países de origem na formação dos seus cidadãos.
Causa-me alguma estranheza não termos ainda conseguido  globalizar o bom senso, a hombridade ou a justiça, mas com extrema eficiência e facilidade (num Mundo em que é tudo tão difícil, basta ir a uma repartição pública tratar de qualquer assunto para perceber isto) tenhamos criado impérios financeiros que se estendem por todo o Mundo, detentores de fortunas certamente globalizantes.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O Mundo não precisa de uma revolução mas sim de um novo Big Bang

Quantos triliões terão sido já investidos na indústria aeroespacial? Podemos focar-nos só nos EUA. Seriam suficientes para criar e desenvolver mecanismos que garantissem a distribuição de água potável nos países do "terceiro mundo"? Não faço ideia, mas uma coisa eu sei, existe um "terceiro mundo", algo que me afecta os dois solitários neurónios de sobremaneira porque o Mundo é só um e custa-me a entender os parâmetros e as bitolas por onde nos guiamos para definir e distinguir primeiro-mundistas e terceiro-mundistas. E ainda mais me custa entender como algures pelo caminho deixámos uma parte do Mundo para trás, ou permitimos que outras seguissem em frente, sem equilibrar a balança.
Quantos cientistas hoje em dia dedicam tempo e recursos a futilidades como é o exemplo da medicina estética? Quantos dos recursos, humanos e não só,  são desviados de áreas em que são realmente necessários? 
Pois bem, são tudo perguntas paras as quais não tenho respostas, porque faço parte daquele grupo de pessoas que critica a situação actual, mas sem oferecer soluções. E isto parece que resume esta cambada de preguiçosos que não encontra uma solução para a embrulhada em que quem nos acusa de não a encontrar nos meteu. Acontece que o que foi criado ao longo de centenas de anos foi um sistema de interdependência entre os poderosos, uma teia tão apertada que se tornaram viciados em favores, e  obviamente em poder, e agora não conseguem, nem querem, abdicar dos padrões de vida que alcançaram com este desequilíbrio. A única solução,  a meu ver e para começar é não lhes seguir os passos. É não apostar em sistemas que comprovadamente não funcionam e cortar pela raíz com as oligarquias e os 1% que detêm 50% da riqueza mundial.
A solução é, basicamente,  fazer diferente do que se fez até agora.

domingo, 2 de novembro de 2014

Patética e preguiçosa sabotagem

Mais uma semana plena de aventuras para Passos Coelho e sus muchachos, uma trupe cada vez mais hilariante, que aconselho vivamente a seguirem. A empurrar culpas revelam-se bem mais eficientes e expeditos do que a fazer aquela coisa, que me falha agora o nome. Aquilo em que pomos o boletim de voto numa urna para escolher quem queremos que comande os destinos do país e quem acumula mais votos tem de...Não está fácil de sair o raio da palavra, deve ser da falta de hábito, um dos poucos senãos de se ser português. Governar era isso. Tomar decisões, fundamentadas e consequentes, que defendam os interesses dos cidadãos acima de quaisquer outros, que propelem o desenvolvimento do país mesmo contra interesses corporativos, especialmente contra estes, venham eles de onde vierem. Que não vendam a sua produtividade, que são as pessoas, ao desbarato, desvalorizando perigosamente o valor do trabalho, e muitas vezes retirando os custos de produção e operação do lado das empresas e colocando-os do lado dos trabalhadores, chamando a isto competitividade e vangloriando-se de ter um país que explora os seus trabalhadores a um nível próximo da infame escravatura, como fez Pires de Lima, para mim o muchacho de ouro desta semana, no México. O rol de alarvidades que foi sendo vomitado ao longo do seu discurso só foi suplantado pelo facto de o mesmo discurso se ter baseado em dados que nem sequer existiam, uma vez que Portugal teria descido dois lugares no tal ranking da produtividade que tanto adora (impostos menores para empresas, facilidade de despedimentos, redução das respectivas indemnizações em caso de despedimento) e não o contrário como advogava o ministro.
Mas não foi fácil atribuir o galardão de muchacho de ouro. Esta semana, tal como em todas as outras aliás,  a concorrência foi feroz e houve vários ministros a lutar por uma posição na frente. No MEC continuam a rolar cabeças,  todas menos a essencial claro, que isso seria fazer o que está correcto e assumir o colossal erro, e aí deixaria de ser política para passar a ser integridade,  que é coisa que, como é sabido, só atrapalha os futuros gestores e supervisores das super empresas que polulam por este país. Na Justiça a arrogância e a falta de vergonha foram as armas escolhidas, descobriram-se convenientemente os culpados por uma grosseira sabotagem, que visava tão somente prejudicar a periclitante imagem de uma ministra que não fazia ideia de como se processava uma reforma a que ela própria se propôs, que deveria supervisionar e acompanhar em todas as fases do processo, para o qual delineou um prazo de execução, que terá sido cumprido sob pressão pelos seus subordinados, como tantas vezes acontece, dando origem a falhas graves que prejudicaram o normal funcionamento do sistema judicial,  que já de si é lento e demorado por cá.
A culpa foi dos técnicos,  o que vale é que os técnicos tem as costas largas em Portugal. Morrem uns quantos numa unidade de hemodiálise no hospital, culpa-se o eletricista. Um estádio de futebol fica às escuras durante a celebração da equipa adversária,  quem mais senão o eletricista poderia ter feito tal coisa?  Os técnicos devem ser,  na realidade, os únicos neste bem fadado mundo que não têm de seguir ordens dos seus superiores, que podem mandar à fava os seus chefes e fazer o que bem entenderem. Ou então não e  a maior parte das vezes são os técnicos que avisam os seus superiores para a impossibilidade de cumprir um prazo ou para a inexequibilidade de um projecto e são ignorados grosseiramente,  levando a trapalhadas como a do Citius.
Quem se exibiu em todo o seu esplendor foi o nosso Primeiro Ministro,  mostrando uma veia cómica que eu lhe desconhecia, querendo levar-nos a crer que acredita realmente que, ao contrário do que dizem os preguiçosos e patéticos comentadores e jornalistas da nossa praça, estamos hoje melhor do que há três anos atrás e que nos espera um futuro radiante, conforme se pode comprovar com gráficos e estatísticas que ninguém vê porque são todos uma cambada de idiotas. Claro que ele não nos chamou idiotas a todos (ainda), apenas patéticos e preguiçosos.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O cherne e o pescador

Quem já esteve em Olhão deve ter concerteza reparado que políticos é coisa que não se vê muito por lá.
O que se vê são pescadores, de pele dura e áspera como as vidas que levam. Que, tantas vezes, quando saem para trabalhar não sabem se regressam a casa. Que, à conta de políticas de corrupção e favorecimento decididas lá longe na Europa (sob a supervisão de um dos nossos, mais um português que vendeu o seu povo como quem troca cromos de coleção), trabalham por trocos, deixando os lucros para os Belmiros e afins.
E a pergunta que fica é: Quantas indemnizações a famílias de pescadores que perderam a vida a trabalhar cabem na pensão vitalícia e subsídio de reinserção do Exmo. Dr. Durão Barroso?

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Saudades loucas

Tenho tantas saudades de Salazar como de uma valente dor de dentes, e olhem que eu nasci depois da revolução*.  Mas só tive uma dor de dentes na vida e espero não repetir nunca mais.
Pois bem, para quem sente uma saudade louca do antigo regime não tenho muito a dizer, apenas que quem mandava no dito regime do tal incorrompível estadista eram os mesmos que hoje mexem os cordelinhos neste jardim à beira mar plantado. Os mesmos que, já nesses saudosos tempos de rectidão e justiça, andavam de mãos dadas com os banqueiros centrais que fizeram reféns da dívida externa, através de impostos aplicados pelos Estados, milhões e milhões de pessoas ao longo dos últimos 100 anos, levando a que a dívida mundial esteja hoje nos 212%, na casa das centenas de biliões de Euros.
Portanto não vejo diferença entre o tal senhor e todos os outros que se seguiram no seu cargo. Talvez hoje tenhamos uma espécie de assalto bipartido e antes a coisa fosse unipessoal, mas de qualquer forma o dinheiro acaba no mesmo lugar, ou seja, longe daqui nos bolsos dos 1%. Talvez estes políticos que hoje temos sejam um pouco mais bananas, ou até bastante mais, ou pode ser apenas que Salazar disfarçasse um pouco melhor.
E a modos que é isto que eu tinha para dizer aos saudosistas, agora vou ali sentar-me e esperar que o governo mude para me continuar a encher de impostos para sustentar a impagável dívida externa, enquanto as dívidas e os buracos financeiros dos bancos e das bolsas desaparecem por magia de x em x anos.

* Que fraquinha esta revolução que morreu em três anos. E tinha começado tão bem com a expropriação dos sanguessugas e o fim dos monopólios que escravizavam a população, com as associações de trabalhadores a fincarem o pé por melhores salários e melhores condições de trabalho e a tomarem de assalto as empresas, com o fim dos latifúndios e dos grandes proprietários. Só que acabou por tropeçar aos pés do capital pouco tempo depois de começar. Venderam a revolução. E mais tarde, pouco mais, venderam-nos à União, mas isso é outra conversa.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Cambada de Encompetentes(em algarvio para impôr respeito) Obtusos

Os meninos saem das Universidades cheios de teorias que não passam de isso mesmo. São carregados em ombros, venerados pelos patrões e pela classe política. Se vierem de escolas no estrangeiro então  é pedestal na certa para os meninos.
Inventam conceitos que já estavam mais do que inventados e dão-lhes nomes em inglês para lhes dar outro nivél, sendo um dos meus favoritos o outsourcing. Coisa que já se usava quando eu era puto e fazia uns biscates nas obras. Nada mais do que subcontratar prestadores de serviços, passando para os mesmos as dores de cabeça e ficando apenas com os lucros.
Genial? Nem por isso, apenas duvidoso à primeira vista. E criminoso à segunda diria eu.
No caso das telecomunicações, que é o que eu conheço, com esta vaga de desemprego que cresce e cada vez mais contas para pagar, um bando de otários trabalha por tuta e meia para gigantescas multinacionais com CEO's condecorados, com salários sempre bem actualizados e sempre a subir.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Que se lixem as eleições

Exmo. Sr. Dr. Passos Coelho

Não seja piegas, ou covarde,  endireite as costas,  erga o queixo Doutor. Não fuja às suas responsabilidades e olhe-me nos olhos enquanto me engana, como um homenzinho.
Porque se é preciso coragem para assumir políticas de austeridade para salvar o país da desgraça em que outros o deixaram (palavras que soaram quase a poesia vindas da sua boca há uns anos atrás), qual arauto da boaventura, será necessária na mesma dose para assumir o chorrilho de promessas não cumpridas, a  escandalosa submissão ao sistema financeiro, a escalada do défice mesmo depois de todos os anos de sacrifícios impostos a quem trabalha. E a lista continua. No meio deste sangue, suor e lágrimas que é hoje o dia a dia de um português houve quem multiplicasse a sua fortuna, neste país onde comer um bife é um luxo. Pelo meio de quem não tem para comer há quem não saiba qual a cor do carro que vai usar hoje. A mim, por exemplo, já me chegava ter gasolina para ir trabalhar amanhã.
Por isso Doutor, não me atire estatísticas, nem percentagens ou gráficos.  Saia para a rua  e bata à porta das pessoas, olhe-as nos olhos e diga que foram os outros. Os que não cumpriram as  suas promessas,  os que se envolveram com o poder económico,  uns malandros, uns canalhas, nenhum deles da sua cor política,  nenhum deles o Exmo. Sr. Doutor. Bata-me à porta que eu cá o esperarei. De costas direitas e queixo erguido para o olhar nos olhos, como um bom português.
Que se lixem as eleições,  demita-se já e poupe-nos a mais esse trabalho, que por uma vez não saberá a sacrifício. Demita-se e trate de assumir funções numa qualquer empresa com hipotéticos e irrealistas estatutos,  que lhe garanta um fluxo estável de despesas de representação. Fique-se por Massamá, ou pela Manta Rota, e deixe os destinos do país que isso é coisa para gente crescida.

sábado, 18 de outubro de 2014

Às vezes é preciso sê-lo. E sem selo.

Fazendo um breve resumo da governação de mais um executivo escolhido a dedo para nos elevar a novos patamares de pobreza e fragmentação social. Não que este seja pior de algum modo do que algum dos outros que por cá passou nos últimos quarenta anos de bipartidarismo, aliás a questão é que são todos muito iguais para quem defende causas tão diferentes, e isso é que é de estranhar. Até porque, parece-me a mim, no meu humilde ponto de vista,  têm seguido basicamente a mesma linha de desmembramento do Estado, com a progressiva redução dos apoios sociais, cortes na Saúde e na Educação,  com a privatização sucessiva de empresas em sectores fundamentais para a autonomia de um país,  como a banca, a energia e as telecomunicações. 
Se eu não soubesse melhor, e pensasse que o objectivo destes senhores era endividar e escravizar (a palavra é forte mas não encontrei mais adequada ao que sinto quando vejo a real situação dos meus irmãos que dobram as costas por meia dúzia de tostões em nome da "competitividade", que nada mais é do que reduzir ordenados aos trabalhadores e aumentar lucros aos acionistas, que esfregam as mãos de contentes sentados em cadeiras de luxo, com as costas direitinhas. E porque raio é que em toda a Europa os salários haveriam de ser tão mais baixos aqui se não para nos manter um país exportador de mão de obra barata? Questão que a deseducação instituída ajuda a confirmar) o país, diria que são extremamente competentes, e até coerentes que é coisa que raramente lhes posso apontar.
Não basta  parecê-lo, às vezes é preciso sê-lo. No caso de Passos Coelho, ser mais homem, mais íntegro,  mais humilde, mais dotado de espinha dorsal. Como no caso de todos os outros que têm ocupado cargos políticos neste nosso quintal. O que rareia é tão simplesmente a vergonha na cara. De Soares (o "pai" da democracia, e também da lavagem de dinheiro dos diamantes africanos) a Cavaco (o Sr. Autoestradas, que ligou Portugal mas se esqueceu de criar condições às pessoas, que são o que realmente importa, para usufruírem dessas mesmas estradas para lugar nenhum. Ah, e pelo caminho encheu os bolsos a umas quantas construtoras, que até hoje continuam a lucrar com as estreitas ligações ao o Estado) passando por Sócrates (pomposo e arrogante como poucos, corrupto até aos ossos como muitos) e Barroso (o famoso cherne que inchou tanto de trabalhar lá na Europa que agora mais parece um peixe balão. O que fez, além de ser um fantoche, ninguém sabe realmente,  aqui ou na Europa)
Quem manda no Governo? Pelos vistos o Ricardo Salgado. Parece que está provado que qualquer Governo para sobreviver não depende dos eleitores,  mas sim do selo de aprovação dos ricos e poderosos. Sendo assim, votar ou não votar dá no mesmo, diria eu. O mesmo é dizer que não estamos aqui a fazer nada, não somos mais do que stock, acomodado em  apertadas prateleiras para troca e venda. Não restam dúvidas que estes senhores não estão propriamente a lutar pelo bem da população ou pelos interesses do país.
Sendo assim deveríamos,  pela lógica, concordar que não estão a fazer o seu trabalho e dispensá-los das suas funções.  E até quem sabe chamá-los à responsabilidade pelos seus actos fraudulentos (e não me digam que é exagero, porque o caso recente do BES e do BdP e do outro que ligou ao Secretário de Estado Moedas como se ligasse para a Telepizza é de fazer o Afonso Henriques de novo aviar na mãe lá no além).
Mas quando alguém põe sequer a hipótese de afastar estes partidos(com comprovada incompetência e má fé na direcção dos destinos do país) da governação, logo nos vêem dizer que não há solução, que seria o fim do Mundo se deixássemos de ser lacaios do "mercado livre" e do FMI, que os restantes partidos não têm estrutura ou competências para governar, etc. e coiso. Mas isso nós não sabemos porque nunca experimentámos,  o que experimentámos foram quatro décadas de favorecimentos, de enriquecimento ilícito, de desapropriação, de deseducação,  de corrupção.
Em relação a isto, que é o que conhecemos, o que poderíamos encontrar de tão mau no lado oposto do espectro? O abismo da competência? O precipício da justiça social? O Apocalipse da igualdade?
Se algum dia a hora de mudar se provou de urgência inadiável,  esse dia é hoje, porque a mudança custa e leva tempo, porque temos armas que não tínhamos para começar esta viagem/viragem para um  caminho que sabemos melhor do que este que agora trilhamos. Porque parece, pelo que se fala e lê, que estamos mais atentos e mais sedentos de mudança, e temos de deixar de parecer para passar a ser.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

É possível ser-se ainda mais hipócrita

O que seria se um dia tivéssemos de assumir os nossos irmãos africanos como pessoas em vez de selvagens e ignorantes que propagam doenças? Curiosamente os surtos e epidemias em África têm quase sempre origens duvidosas e, arriscaria dizer, criminosas por vezes. Obviamente que a educação e a informação escasseiam e isso não ajuda, mas essa é apenas mais uma face deste processo de desacreditação do povo Africano. Mas, estranhamente,  quase nunca a origem destas doenças é no Continente Africano. É engraçado que tanta gente se atropela para "ajudar os coitadinhos", há até organizações de cariz militar, como a Mossad, que, de repente, tem súbitos ataques de consciência e se dedicam por momentos à caridade e lá vão dar uma ajuda aos selvagens. Sem segundas intenções claro. A ciência sai cara, como todos sabemos, e se queremos viver até aos 150 anos temos de ter onde testar o que vai sendo desenvolvido pelos cientistas nos países ricos. E porque é que são desenvolvidos nos países ricos todos estes medicamentos que salvam e prolongam vidas? Simples, porque nós basicamente queremos salvar os ricos, porque nós somos os ricos, os que investimos os recursos que roubamos, em África por exemplo, no bem estar de uma minoria dominante (a própria expressão é uma contradição).
Mas o que seria do Mundo se algum dia os pretos deixassem de ser esta eterna ameaça? Esta corja de bandidos e estupradores,  os culpados de todos os males do Mundo, sem necessidade de julgamento.
O que seria dos países desenvolvidos da Europa Central se hoje África fosse só mais um Continente e os Africanos cidadãos como quaisquer outros de qualquer outro país do Mundo?
Teríamos de assumir as pilhagens, as violações,  os homicídios. Teríamos que, publicamente,  pedir desculpas a todo um Continente.  Teríamos certamente de proceder à indemnização dos lesados e à expropriação dos abusadores que por lá continuam a saquear os recursos do povo Africano. Curiosamente os mesmos que eternizam os comentários racistas e a discriminação racial. Vá-se lá saber porquê? 

domingo, 12 de outubro de 2014

De que é que tu estás à espera?

A educação é a base de qualquer sociedade que se diga livre. Só facultando a todos os cidadãos, através de um ensino público de qualidade, as bases que lhes permitam desenvolver a capacidade de discernir e opinar se pode viver em democracia. Quando negamos e adiamos esse direito a uma parte da população, ainda para mais socialmente desfavorecida, estamos na realidade a negar-lhe a liberdade, o bem maior de todos os homens. Artigo 1° da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) " Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade". Artigo 26°/1 " Toda a pessoa tem o direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; O acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos, em plena igualdade, em função do seu mérito ".
Não é de espantar num país em que se glorificam e recompensam gestores de topo, exímios em reduzir custos através de estratagemas duvidosos, mas que, entretanto, encaixam salários de  fazer corar o Ricardo Salgado. Em que um qualquer militantezinho de uma qualquer Juventude Partidária tem direito a milionárias despesas de representação mas os professores são tratados como gado, e, segundo as palavras do Exmo. Sr. Dr. Primeiro Ministro, se quiserem que se queixem à Justiça como é direito de qualquer cidadão. Só que se esqueceu de dizer  que essa coisa da Justiça por cá também não funciona, diz que até já pediram desculpas em público por isso e tudo, muito sorrateiramente.
Este não é um problema português, passa-se um pouco por todo o Mundo, mas por aqui a falta de vergonha é tão evidente que se torna uma afronta. E a óbvia incompetência dos intervenientes leva-me a pensar que isto não pode ser o melhor que têm para nos oferecer. Se o Passos Coelho e a restante comitiva, os Cratos,  as Teixeiras da Cruz, etc. eram o melhor e mais eficiente  que o PSD e o CDS lá tinham para defender os nossos interesses como País mais vale desistirmos já disto de brincar aos Governos. E se não era a crème de la crème dos sociais-democratas a coisa ainda piora para mim, porque raio iriam escolher um incompetente dispondo de gente capaz? Isso seria basicamente sabotagem.
E porque é aqui que estamos, por aqui devíamos começar a mudar. Devíamos, nós sociedade civil, criar mecanismos para vigiar atentamente estes senhores,  e os seus supervisores que nunca supervisionam nada por aqui. Devíamos estar muito mais atentos para nos sabermos defender destes atentados à condição humana, ou os  nossos filhos poderão acordar um dia e ser escravos da ignorância. DUDH Artigo 4° " Ninguém será mantido em escravatura ou servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob  todas as formas, são proibidos ".

sábado, 4 de outubro de 2014

Entre o S e o A


Para ti,


Entre o S e o A, elemento essencial para respirar
Entre o S e o A, ingrediente elementar para pensar
Entre o S e o A, alimento fulcral para idealizar
Entre o S e o A, aquilo que nos faz sonhar
Entre o S e o A, a liberdade para amar
Entre o S e o A, a coragem para acordar
Entre o S e o A, a força para lutar
Entre o S e o A, humildade para aceitar
Entre o S e o A, a capacidade para respeitar
Entre o S e o A, o Mundo para descobrir e abraçar
Entre o S e o A, levar sempre a cabeça para pensar, mas nunca esquecer o coração
Entre o S e o A, tudo e mais alguma coisa vais encontrar

Há lixo no país das maravilhas

(texto da Pi recuperado do "velhinho" salpicos. a Pi, que diga-se de passagem, havia de ser, no mínimo, Ministra da Cultura deste desinformado país, passa os dias atrás de uma secretária a resolver os problemas de meia dúzia de energúmenos doutores. e este é o espelho do país que temos, em que tudo se consome e nada se produz, apesar dos recursos. humanos neste estranho caso da genial secretária, e em muitos mais certamente)

o sol brilha, o céu está azulinho, a brisa é doce e morna, as ondas do mar "splasham" baixinho nas areias brancas, a comida é irresistível e a bebida enebriante, as mulheres são deliciosas e os homens latinamente apetecíveis...
mas, está cheio de lixo este país encantado, escondido no rabo da europa.
lixo mental, não reciclável e criticamente poluente!
de todas as influências, adoptamos as piores. de todos os povos que nos escolhem e visitam, seguimos os piores. sem escrúpulos, sem valores, sem educação, sem civismo, sem decência e com muita ignorância!
lixo social, tóxico e em severa decomposição!
uma luta indescritível, diária, contínua, pesada. de labuta, de suor, de esforço, de muito sacrificio... para carregar uns quantos às costas, na lombada dos que já quase não se conseguem levantar tal é o peso.
nasce o sol (o tal que brilha no céu azulinho), sai para rua, corre para o trabalho, falha o metro porque estão em greve, falham os comboios porque houve um problema com uma cantoneira, falha o civismo, falha a vontade, falha a fé.
lixo cultural, pseudo poluente e acessível só para uns quantos!
as televisões, as rádios, os jornais que chegam às massas desviando gratuitamente o acesso à informação, à educação, à cultura.
lixo, lixo, lixo!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Cleptoparasitismo

(desta vez não fui eu que inventei a palavra, podem encontrar o seu significado aqui.)

Há uns dias atrás foi publicada uma notícia num jornal indiano que cobria as primárias do PS, em que tinha saído vitorioso um tal Ghandi lisboeta. António Costa foi assim apelidado pelo jornal indiano Hindustan Times pelo seu, e passo a transcrever, "espartano estilo de vida" (caso ainda não tivessem lá chegado).  E não, este jornal não é o Inimigo Público lá do sítio,  se é que estavam na dúvida. 
Ora o que é que isto tem a ver com a palavra que dá título a este texto?  
Basicamente é a mais adequada para descrever aquilo que o Ghandi Costa fez ao choninhas Seguro depois das Europeias. Analisemos então, soube esperar pelo momento certo, corresponde. Teve olho para escolher a vítima,  corresponde. Parece-me claro que estamos na presença de um cleptoparasita. 
Não obstando, conseguiu ainda vencer as primárias do PS, com todo o mérito e por uma margem que  não deixa dúvidas de que para os socialistas e os seus simpáticos simpatizantes mais vale um ghandi oportunista do que um choninhas pequenininho. E eu concordo porque choninhas já temos um em Belém e, diga-se de passagem, dificilmente encontraríamos um melhor representante da classe.


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Não me façam falar

Eu sinceramente até compreendo que o Exmo. Sr. Dr. Primeiro Ministro (devíamos manter o uso destes títulos para sempre, para nos distinguir a nós,  ralé eleitoral, dos Exmos. Srs. Drs. que nos governam) se tenha esquecido que em tempos recebera 5000 euros por mês de uma ONG. Até porque, se virmos bem, 5000 euros é uma miséria e isso qualquer assalariado que receba o ordenado mínimo nos pode confirmar. Aliás,  como diria outro Exmo. Sr. Primeiro Ministro que por cá passou, é só fazer as contas para perceber que 5000 euros anuais não chegam para a renda, a gasolina e a comida. A julgar pelas palavras do Exmo. Sr. Dr. Marinho Pinto os mesmos 5000 euros por mês não chegam para sobreviver numa cidade como Lisboa.
Folgo em saber que neste país,  o meu país onde mal ganho para comer, as pessoas que têm o poder de decisão não estão alienadas da realidade.  É algo que me enche de orgulho e me impele a seguir-lhes o exemplo,  até porque às vezes me dava jeito esquecer-me de pagar os impostos para tratar de contas mais importantes.  Só que não posso porque o meu patrão,  que há-de ser com certeza ele próprio também um Exmo.  Sr. Doutor, transfere directamente para a conta que sustenta o saco de onde saem os euros para as despesas de representação dos Exmos. Srs. Doutores Ministros e afins, o que não me deixa sequer liberdade de escolha, porque eu até poderia investir esse dinheiro em quem quisesse realmente trabalhar para o meu futuro, ou pô-lo de lado para acautelar a minha reforma. Despesas de representação, maior parte das vezes superiores ao próprio ordenado, que todos os quadros superiores em todas as empresas, públicas inclusive, usufruem tantas vezes sem descontarem um tostão para o Estado. As mesmas pessoas que se esquecem de declarar milhões ou se receberam ou não uns quantos milhares por mês.
Mas entretanto congela-se o ordenado mínimo durante três anos para depois se anunciar com pompa e circunstância o seu aumento, quando de aumento não tem nada, nem sequer houve qualquer tipo de recuperação do poder de compra para quem não tem como pagar a renda,  mesmo trabalhando. 
É algo que me reconforta e tranquiliza saber que somos todos iguais perante o Estado,  acresce à minha fé na Democracia. Porque esse é o caminho que os justos, humildes e honestos homens que nos governam decidiram trilhar.
É um descanso saber que não somos tratados de maneira diferente perante as mesmas leis. Porque tudo o resto seria uma falácia de inimagináveis proporções.
Que raio de país teria interpretações diferentes das leis conforme a classe social ou a filiação partidária? 
Que miserável nação trataria de diferente modo os seus cidadãos atendendo à conta bancária e não à verdade?
Que abominável ninho de cobras de pátria tiraria do povo para dar aos banqueiros?
Não este país,  o meu país. Onde há pessoas que acumulam dois trabalhos e mesmo assim  não põem comida na mesa para os filhos com aquilo que lhes pagam.
Um país de grandes homens que lutaram contra invasores dos cinco cantos do Mundo e prevaleceram.  País de viajantes, da revolução das flores em que o povo saiu à rua e não se calou. Um país de poetas , com uma língua que atravessa oceanos.
Não,  este país nunca seria representado por moços de recados, mordomos e lacaios que se aproveitassem das suas posições em benefício próprio, impondo aos seus concidadãos regras que não têm intenção de cumprir. 
Porque isso seria a sua ruína e deixaria de ser um país para passar a ser um sítio, um mero quintal onde os cidadãos vivem abaixo das suas necessidades para sustentar as despesas de representação dos Exmos. Srs. Drs.

nota: Não que eu discorde  ou desaprove da existência dos Exmos. Srs. Drs. mas num país tão pequeno  andarem tantos a mamar torna a vida de quem os sustenta bastante mais complicada e uma vez que a taxa de natalidade não aumenta de maneira nenhuma se calhar é melhor começarem a importar contribuintes rapidamente, ou então almoçar em sítios mais baratinhos.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

E chouriços não se arranja?

O que é afinal a salsicha educativa? E de que tipo é? Fresca, bratvurst, vegetariana, frankfurt... A mim veio-me logo à cabeça a imagem de uma mirrada salsicha tipo cocktail ou assim, pelo menos a julgar pelos cortes e atentados que tem sofrido, a pobre. Já a morcela cultural também padece do mesmo mal, falta de recheio. Por oposição à alheira fiscal que quase lhe rebenta a tripa de tão cheia que vai.
Bons tempos estes para a charcutaria nacional.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Das teorias da conspiração

Nas últimas semanas tentei fazer uma pesquisa exaustiva sobre quem realmente manda nisto tudo e vi-me involuntariamente envolvido em todo o tipo de teorias e propaganda inútil que só serviram para eu ficar exactamente na mesma. Ou seja, continuo a pensar que existe um enorme desequilíbrio na distribuição da riqueza, porque obviamente os ricos dominam o Mundo,  e isso penso que não seja novidade para ninguém.  Continuo também firmemente convicto que a Natureza é o caminho e devemos lutar para que não continue a ser mutilada por políticas ambientais que defendem somente os poderosos. 
Quanto às teorias da conspiração,  quase todas concordam que existem organizações internacionais que dominam o Planeta, todas elas com fortes ligações à área financeira. E não estão longe da verdade, caso do Grupo Bilderberg ou do Conselho para as Relações Exteriores ou mesmo do FMI, entidades reais e que operam no mundo livre. Agora, a confusão instala-se quando, por exemplo, os Católicos afirmam que estes mestres da alta finança são todos adoradores de Satã e por isso defendem a homossexualidade e outras coisas "terríveis" como a igualdade de género e o direito das mulheres de serem ou não mães por sua própria vontade, como se ser adorador de Satã fosse menos ignorante ou ofensivo do que ser Católico. Outros há que afirmam que isto é tudo obra dos Jesuítas,  outros dizem que são todos Judeus os participantes nesta tramóia.
Mas estas teorias não me assustaram tanto quanto eu esperava, quando muito sossegaram o meu paranóico espírito. Senão vejamos, um dos rostos desta elite que planeia governar-nos a todos é George W. Bush, o que já de si é no mínimo tranquilizador uma vez que todos conhecemos o inapto e ignorante personagem pelas mais insólitas razões, assim de repente lembro-me de vê-lo numa foto a segurar um livro de pernas para o ar enquanto fingia que o lia. Ou então será certamente um sobredotado e já não lhe dá pica ler normalmente, ou poderá ser algum ritual oculto dos Satânicos em que se lêem os livros de pernas para o ar para agradar ao Chifrudo,   espero  que os senhores das teorias estejam a tirar apontamentos. 
Outra questão é que estes supostos Senhores do Mundo dominam perfeitamente a área financeira e os seus meandros, uma vez que eles próprios têm o "poder supremo" de criar dinheiro. Dinheiro que, todos concordamos, faz girar o Mundo. Só que, fazer dinheiro pode ser muito bonito mas não serve de nada para a sobrevivência básica de um ser humano, e o que eu gostava realmente era de ver esses senhores a fazerem um pão,  a plantar um legume ou a assentar um tijolo de uma casa. O que é que eu quero dizer com isto? Nada de especial, apenas que não temos com que nos preocupar se continuarmos a lutar por um Mundo melhor para todos, em que a desigualdade não seja a regra mas a excepção que é preciso combater e em que possamos viver em harmonia com a Natureza,  que no fundo é realmente quem manda nisto tudo, por muito dinheiro que se possa imprimir. A não ser que os Senhores da Nova Ordem Mundial aprendam a fazer aquela coisa essencial que é...como é mesmo o nome, tinha-o aqui na ponta da língua.  Ah, trabalhar, era isso! Porque, vá-se lá saber porquê,  não conseguimos comer dinheiro,  algo que, não tenho dúvidas, algum destes senhores já experimentou pelo menos uma vez na sua triste existência e pôde confirmar em primeira mão. 
Concluindo, o que se passa aqui é uma cambada de gente rica cujos valores foram tão pervertidos pelo poder que acabaram por perder a percepção da realidade, e que se comportam como crianças mimadas porque já têm tudo o que o dinheiro pode comprar, o que os leva a terem delirantes sonhos de poder e glória. A única palavra que encontrei para isto depois de assistir a alguns rituais, como o  Cremation of Care , em que se incinera o Cuidado (simbolizando as preocupações terrenas e os actos menos puros cometidos no ano anterior para dar entrada no ano seguinte sem o peso das atitudes passadas, coisinha de adolescentes portanto), foi RIDÍCULO, com letra maiúscula e tudo. Rituaizinhos de putos ricos e mimados, mas que já não eram putos mas sim homens feitos a tentarem limpar-se da corrupção e miséria que espalham através de um acto que repetem anualmente. Como se lançar milhões de pessoas para a pobreza ou patrocinar guerras fosse o mesmo que uma bebedeira mais exagerada. Como se atear uma fogueira fosse suficiente para os redimir da desgraça e da morte que ajudam a distribuir com as suas corporações.  Se calhar um duchezinho era suficiente e não precisavam de se dar a tanto trabalho, digo eu, porque o princípio é o mesmo e é completamente amoral.
Visto isto não será incorrecto afirmar que a elite dominante não tem predicados ou aptidões melhores do que qualquer um de nós, na verdade no caso da selecção natural ficariam para trás da maioria de nós. E se calhar por isso tentam implementar um sistema em que a selecção seja feita através do dinheiro.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Facto: O único Presidente de uma Nação que conseguiu pagar a divida aos bancos desde que eles existem, federais ou centrais, foi Andrew Jackson, que lhes retirou o poder de emitirem moeda e o reclamou para o Estado, acabando assim com as taxas de juro exorbitantes cobradas sobre dinheiro que não existia.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O perigo da endrominação

"Uma das lições mais tristes da História é esta: Se formos endrominados durante tempo suficiente, temos tendência a rejeitar qualquer evidência da endrominação. Não estamos mais interessados em descobrir a verdade. A endrominação captura-nos. É simplesmente demasiado doloroso de aceitar, mesmo para nós próprios, que fomos enganados. Uma vez que damos a um charlatão poder sobre nós, quase nunca o recuperamos de volta."

Carl Sagan
Facto: O lema da Mossad, organização indissociável do Estado de Israel, começou por ser be-tahbūlōt ta`aseh lekhā milkhamāh (Hebreu: בתחבולות תעשה לך מלחמה).Uma frase dos escritos sagrados que quando traduzida dá qualquer coisa como "Por meio do engano, farás a guerra".

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Apontamento

Não se pretende aqui iniciar uma caça às bruxas mas sim pensar sobre factos reais, alguns sites mencionados têm textos que serão obviamente exagerados e é necessário saber filtrar e confirmar a informação recolhida.
Obviamente esta ancestral ligação dos Judeus às finanças é algo cultural e não podemos daí depreender que serão todos desonestos por essa razão.  Mas podemos concluir que é uma característica que os coloca numa posição de poder em relação à restante população ao longo da História, sabemos também que as suas escrituras sagradas mencionam que nenhum Judeu poderá realizar algum tipo de trabalho árduo,  como cultivar as terras ou trabalhar na construção,  porque são trabalhos menores que devem ser deixados aos gentios, ou não-judeus. O que levou a que aprofundassem os seus conhecimentos nestas áreas não produtivas e desenvolvessem práticas cada vez mais complexas na aplicação desses conhecimentos,  como é o caso das práticas usurárias que culminaram na criação do actual sistema bancário.
Ao longo deste processo,  que dura há séculos, descobriram que esta posição de poder lhes permitia iludir e manter reféns as Nações através da criação de dinheiro virtual que posteriormente emprestavam a Governos cobrando gordas taxas de juro. Obviamente estes senhores não são ingénuos mas, Judeus ou não,  não estariam nessa posição se o dinheiro não fosse o elemento corruptor da sua integridade  e de todos os outros que se têm refastelado e acumulado fortunas à custa da miséria do Mundo. O dinheiro é aqui o elemento comum, o invasor silencioso da nossa sociedade, que nos mutila muito mais do que qualquer guerra. Ao longo da História homens de honra tombaram às mãos dos seus inimigos, morreram pela espada,  lutaram até ao fim pelo seu povo, provando que a guerra não dobra a alma de um homem, não mata a luta dentro dele. Mas o dinheiro sim, o vil metal torna-nos em mercadores de desgraças e leva-nos a vender o nosso povo em troca de um relógio ou outra qualquer banalidade.
Querendo dizer com isto que nem os próprios Asquenazes, descendentes do Reino da Kazaria,  convertido ao Judaísmo apenas por questões de sobrevivência, serão geneticamente culpados pela mesquinhez deste bando de malfeitores e acumuladores que se escondem na terra prometida de Jerusalém,  outro embuste que ousaram levar avante.
O Estado de Israel não é menos terrorista do que o Estado Islâmico quando provoca deliberadamente os Estados vizinhos, sendo que quase ninguém tem dúvidas de que é o principal factor de instabilidade no Médio Oriente tendo estado em guerra, em alguns períodos da História,  com todos os seus vizinhos.
Não esquecendo obviamente a agressão perpetrada contra a Palestina, muitas vezes atropelando e desrespeitando as decisões das organizações internacionais acerca da organização do território de Gaza, com a anexação de terras Árabes e o genocídio do povo da Palestina.
Não será o Estado Islâmico mais um resultado da prepotência de Israel? Tanto quanto sabemos estes radicais islâmicos até podem estar a ser treinados pela Mossad,  como já aconteceu no passado.
O que nos trouxe a nós,  infiéis ocidentais,  para esta guerra contra estes árabes seguidores de Maomé, foi simplesmente estarmos do lado de Israel,  através da O.N.U., que viabilizou a ocupação dos territórios palestinianos em 1948 pelo Estado de Israel, muito por culpa da pressão dos E.U.A., que como sabemos têm ligações estreitas com os poderosos financeiros Judeus (falsos), que movem e planeiam tudo isto injectando avultadas somas de dinheiro, que não lhes falta depois de tantos anos de usurpação sem nunca sequer terem sido auditadas as suas fortunas ao longo da sua duradoura dinastia de poder.
Isto poderá,  eventualmente,  melindrar algumas pessoas mas, no profundo vazio de razão que é a guerra, valerá uma cabeça cortada mais do que uma escola bombardeada por rockets que vitimam às dezenas de cada vez?
Qual destes actos não é terrorista? 
Israel dispõe de um massivo exército apoiado pelas mais recentes tecnologias de guerra desenvolvidas nos E.U.A., o que, aliado ao facto de estar protegido pelo Conselho da O.N.U. dominado também pelos Estados Unidos, lhe deixa o caminho aberto para provocar as Nações vizinhas e sair incólume. Para termos uma ideia é como um miúdo mal comportado a espicaçar um colega de escola, que por sua vez não se pode queixar a ninguém (porque ninguém vai prestar atenção uma vez que trabalham todos para o pai do outro miúdo) e acaba por responder na mesma moeda às contínuas provocações,  só para ser depois sancionado pelo professor pelo seu mau comportamento,  que não teria acontecido se não fosse a permissividade do próprio professor.
Isto faz com que, na minha modesta opinião,  Israel seja em parte responsável pelo nascimento do radicalismo Islâmico e por consequência do próprio Estado Islâmico. Apesar de todas as religiões serem radicais, embora por vezes em questões diferentes, ou comuns como é o caso da homossexualidade que é considerada profana em todas elas.
Quanto à religião Judaica acredito que os escritos ancestrais do Talmud, apesar de serem de denotada inclinação racista e profundamente ofensivos para todos os outros povos, não são para levar à letra. Assim como o Antigo  Testamento e a Bíblia foram escritos há milénios baseados em mitos e fundados na ignorância de tudo e de todas as coisas, da qual mais tarde a ciência nos veio lentamente resgatar. São na sua maioria textos difusos e vagos que podem ser interpretados das mais variadas formas, dependendo de quem os lê. O que se torna preocupante é quando a religião é usurpada por mercenários (Muçulmanos, Judeus, Católicos) que se apropriam das escrituras sagradas e as interpretam como melhor convém à sua causa, como acontece em todas as religiões, inclusivamente a fé Católica que não é mais do que uma rede de extorsionistas que não faz mais do que despir os crentes das suas posses, coisa que a Bíblia não advoga em nenhum ponto. Nem em nenhum ponto diz que os sacerdotes do Santo Pontificado se devem cobrir de ouro e morar em palácios na mais absoluta ostentação. 
E, por isso, a religião nunca será factor de unificação dos povos mas sempre de diferenciação, divergência e destruição.  

domingo, 14 de setembro de 2014

A décima terceira tribo de Israel

Deixo aqui uma página com bastante informação acerca dos "fazedores de dinheiro",  que são também Judeus Asquenazes  na sua grande maioria. Uma orde de bandidos que se apropriaram ao longo da História da riqueza das nações através do poder exclusivo de criar dinheiro. Mas pelos vistos não foi só disso que se apropriaram,  estima-se que 90% dos Judeus espalhados pelo mundo hoje em dia são descendentes dos Cazares e não de Abraão. Na verdade, estes Judeus que governam em Israel e se dizem justos herdeiros da terra da Palestina têm menos sangue de Abraão nas suas veias do que os Árabes que lá habitam.

sábado, 13 de setembro de 2014

O poder supremo do capital

Uma das lições que podemos retirar da independência dos E.U.A., evento recente se comparado com a teia de corrupção política e moral que é a Europa desde o tempo dos romanos, é que os "Pais Fundadores" da constituição americana tentaram resistir ás constantes investidas dos banqueiros centrais vindos do Velho Continente. E que, estes homens, apesar de rectos e justos, acabaram corrompidos ou assassinados pela mão dessas organizações criminosas com raízes na Europa Central e com ramos que se estendem hoje a todo o mundo civilizado, gerando riqueza para um grupo reservado de indivíduos a partir da miséria das nações.
Patrocinando guerras e financiando as partes em conflito, de um lado e do outro semeiam a desinformação e o ódio, uma vez que não têm sentido de pátria e muito menos de Humanidade. Geram lucros inimaginaveis ao assumirem depois o papel de salvadores das nações que ajudaram a destruir oferecendo-se para emprestar dinheiro, que criam a partir do nada como que por magia graças ao poder que lhes foi concedido pelos Estados, para a reconstrução  e retoma da economia desses países. Sobre o qual cobram  juros exorbitantes que arrastam nações inteiras para a pobreza.
Esta permissividade dos Governos mundiais face aos donos do poder, que existem e estão identificados, é a prova absoluta de que nem o mais irredutivél dos incorrompiveis resiste ao capital.
Como é vastamente sabido se hoje todos os depositantes se dirigissem ás agências bancárias para retirar os seus depósitos os bancos não teriam provisão para os reembolsar, uma vez que só são obrigados a ter em cofre 1/10 do dinheiro com que especulam, ou para sermos mais pragmáticos iludem, vigarizam mesmo (empréstimos, investimentos, etc). Pode pensar-se que esta é uma prática recente das instituições bancárias mas tem cerca de 200 anos e é a base de todo o sistema bancário mundial. Uma base completamente legal só tornada possivél com o conluio entre os banqueiros e os governantes.
Acontece que este modus operandi, conhecido como Federal Reserve Lending ou Empréstimo Sem Cobertura, aliado ao facto de os Bancos Centrais poderem criar dinheiro a partir do vazio, como ilusionistas que são, é tão somente a causa da subida e da descida do preço do dinheiro adaptada ás necessidades das máfias financeiras que geram períodos de inflação e deflação a seu bel prazer conforme inventam mais ou menos dinheiro nos seus ficticios cofres. Isto naturalmente degenera em períodos de crise para as nações,em particular para as camadas mais pobres da população. Como consequência poderemos ter , logicamente, também períodos de prosperidade resultantes dessa manipulação do preço do dinheiro.
Um exemplo prático é a questão da bolha financeira de Wall Street que descambou nesta crise que ainda hoje atravessamos. Neste caso os bancos centrais criaram um volume anormal de divisas  que colocaram no mercado a preços irrisórios dada a quantidade disponível (lei da oferta e da procura) fazendo com que aumentassem os empréstimos, movidos pelo consumismo, vício mortal desta moderna sociedade em que compramos consciência e pagamos em papel. Alavancados pela publicidade e pela agressividade comercial das grandes corporações para criar necessidades de consumo as pessoas compraram casas, carros, etc., as empresas investiram, e legitimamente na expansão dos seus negócios, a banca criou novos produtos, maioritariamente investimentos de risco, sendo este risco muitas vezes desconhecido pelos potenciais consumidores desses produtos financeiros. Como é, aliás, apologia do sistema bancário, uma vez que já de si é baseado numa fraude de proporções épicas.
Só que este "pequeno detalhe" de poderem emprestar dinheiro que não existe tem consequências graves na oscilação do preço do dinheiro, o que, junto com a fraudulência dos produtos financeiros e a bolha imobiliária causada pela especulação dos poderosos do costume, fez subir o valor do dinheiro causando assim a crise que lançou milhões de pessoas para a pobreza e para a precariedade. Mas nunca os senhores da alta finança,  que conseguem lucrar ainda mais em períodos de crise como pode facilmente ser comprovado e documentado. Não certamente os bancos que retomaram os imóveis às famílias endividadas e os voltaram a vender com margens de lucro no mínimo confortáveis. 
Estas crises manipuladas por alguns poderosos, que volto a dizer estão perfeitamente identificados e podem ser ligados às mais hediondas catástrofes que assolaram a Humanidade nos últimos 100 anos, como a Grande Depressão e as duas Grandes Guerras Mundiais,  movidos pela mais vil mesquinhez e pelo total e absoluto desprezo pela vida humana, tornam-se ainda mais nefastas quando os Bancos Centrais emprestam directamente aos Governos, mantendo assim reféns nações inteiras fustigadas por impostos criados para compensar as avaliações e ratings encomendados a agências com ligações intrínsecas aos próprios Bancos Centrais que sobem e descem os juros com a finalidade de manter a circulação do dinheiro, que é essencialmente o seu negócio e com o qual acumulam fortunas ao longo dos séculos com total desprezo pelos países onde se instalam e semeiam a desregulação e a miséria. Fortunas que ascendem às centenas de triliões de dólares no caso da família Rothschild,  por coincidência ligada a todos os Bancos Centrais  do Mundo, com excepção de três. Também relacionada, curiosamente, ao FMI,  eterno salvador das nações em apuros.
Porque é que é tão difícil reunir informação acerca deste assunto? Certamente o Google fornece informação no mínimo escassa para algo que tem cerca de duzentos anos de História,  por oposição se eu quiser informar-me melhor acerca da Paris Hilton consigo facilmente saber a cor da sua roupa interior e outras frivolidades. 
Esta rede mafiosa conseguiu estabelecer-se silenciosamente no seio da sociedade, através do dinheiro,  adquirindo e construindo impérios de comunicação e media, no caso dos Rothschild a Reuters, agência de referência para muitas outras fontes de informação e a Associated Press entre outras, que divulgam a sua mensagem de consumismo e destruição,  fazendo-nos passar ao lado da cruel realidade. Financiado e criando, com esse dinheiro que descaradamente roubaram às nações,  Universidades que ajudam a alicerçar esta corrente de pensamento,  criando cientistas,  economistas,  professores, advogados, políticos e jornalistas que propagam a sua filosofia capitalista, completamente oposta à visão humanista com que nasceram as nações. Uma filosofia em que tudo é e pode ser visto como números que podem ser adquiridos,  subtraídos e divididos conforme as vontades dos ricos e poderosos. 
Visto que esta dissertação se estendeu para além do que eu esperava vou deixar de lado, por enquanto e para não ter aqui um AVC, a influência dos Judeus na corrupção de todos os valores que fazem do homem Homem. Esse povo escolhido,  quanto mais não seja por ele próprio,  para se apropriar da riqueza alheia. Ficará com certeza para uma próxima ocasião.  Adianto desde já que não tenho nada de anti semita e que, sendo ateu e defensor da abolição de todas as religiões, não tenho nada em particular contra a religião judaica. Aliás sou totalmente a favor das pessoas e contra o desrespeito pelas diferenças entre os povos, o que me leva aos escritos judaicos em que por exemplo se comparam todos os não judeus a excrementos de bovino, ou que dizem que é dever de um judeu saquear e espalhar o mal pela Terra, mas nunca na sua terra, comer o que não plantou, morar numa casa que não construiu e outras pérolas da mais  pervertida e mesquinha natureza.
Termino por dizer que tudo isto poderia bem ser fruto da minha fértil imaginação de tão absurdo que parece, mas a verdade é que não existe imaginação tão fértil no mundo que chegue aos pés desta realidade. Comprovada em factos e testemunhos verificados e autenticados através da História para quem quiser ver.
No meu caso foi fácil,  mas eu nunca sonhei ou ambicionei nada que fosse topo de gama, a não ser  talvez um cérebro topo de gama, ou sensibilidade topo de gama quem sabe. Carros, casas, aviões, ilhas privadas,  iPhone 13,  etc., nunca estiveram no meu horizonte,  mas sim igualdade, dignidade, hombridade, tudo coisas que não pagam a renda bem sei, mas que valem muito mais do que dinheiro.

breve análise feita por um desempregado com o 9° ano

https://m.youtube.com/watch?v=skjgimM4Gtc

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

"Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que exércitos armados. Se o povo americano autorizar bancos privados a controlar a emissão de sua moeda, primeiro através da inflação e depois pela deflação, os bancos e as grandes corporações que crescerão em volta deles gradualmente controlarão a vida económica das pessoas, deprivando-as de todo o seu património até o dia em que seus filhos acordem sem tecto, no continente que seus pais e avós conquistaram."

Thomas Jefferson 1802

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

sábado, 6 de setembro de 2014

Manifesto anti-troglodita - verdades universais

Mudar não é necessário. É obrigatório neste sistema social em que o completo desequilíbrio ao nível da distribuição da riqueza,  por exemplo de propriedades, bens e dinheiro faz com que exista demasiada gente privilegiada por oposição a outros completamente nos antípodas e que tenhamos, hoje em dia, de um lado hotéis de 7 estrelas,  carros de 1 milhão de euros e casas de centenas de milhões e do outro lado pobreza extrema,  escassez de água e cuidados médicos.
A educação basear-se-á, num futuro próximo,  na formatação de professores autómatos que debitam programas curriculares criados para manter um sistema de classes, em que as classes baixas têm acesso a formação técnica e profissional que lhes permitirá ingressar no mercado de trabalho, onde irão enriquecer ainda mais as classes altas, essas sim com acesso a uma educação superior,que lhes permitirá continuar na posição dominante. Um  ciclo vicioso e perigoso que é urgente quebrar.
O sucesso é medido em capital financeiro acumulado, o dinheiro passou a ser quase aceite como um valor moral, uma virtude, quando na verdade a ser tal coisa seria, no mínimo,  um vício. Quem tem dinheiro é respeitado,  mais do que isso venerado pela sociedade moderna e mesmo quando questionamos a sua proveniência não deixamos de o aceitar. Um bom exemplo disso são os bancos suíços,  os vistos gold em Portugal e as grandes empresas mundiais que se associam a verdadeiras máfias em troca de financiamento. O poder económico governa o mundo,  estendendo os seus tentáculos às mais diversas áreas. Política, saúde,  educação,  religião,  tudo é passível de ser corrompido num sistema em que impera o capital.
Uma das faces visíveis desta divinificação do dinheiro são as guerras, muitas vezes financiadas pelos donos do poder por motivos meramente económicos,  sendo um bom exemplo disto os  E.U.A. e a sua indústria do armamento.
Guerra cujo lado visível, a curto prazo, são obviamente todas as vidas perdidas, cidades e vilas destruídas e a deterioração das condições de vida das populações. Mas a longo prazo as consequências são ainda mais devastadoras para as zonas afectadas, a nível sócio económico, atrasando indefinidamente a prosperidade das nações envolvidas e, por consequência,  de todas as outras.
Não podemos dissociar a Humanidade do Homem, somos um conjunto, ao afectarmos uma parte estamos a prejudicar o todo. Quando caminhamos em direcção ao abismo, como actualmente acontece, quando deixamos que a ambição e a ganância individual nos guiem até à beira da destruição estamos a arrastar connosco um Planeta, gerações e gerações que hão de vir, inclusivamente a nossa própria descendência.
O sucesso individual não existe na medida em que não contribui, por si só,  para o sucesso global. A não ser que tenha uma aplicação prática e afecte positivamente o Homem no sentido da evolução,  que se pretende ascendente e nunca o seu contrário,  ou seja, no sentido da claridade e da consciência e não no da escuridão e da irresponsabilidade.
Cada um de nós tem o dever, ou antes a obrigação moral de estudar, opinar e procurar aprofundar o seu conhecimento sobre as questões essenciais do que é ser humano, traçar uma linha entre o que foi feito no passado,  o que está a ser feito no presente (e em que aspecto poderá contribuir para isso) ou que poderá acontecer no futuro para alcançar o equilíbrio,  que é o que todos procuramos. Equilíbrio entre o que é material (corpo) e o que é etéreo (alma) só se torna possível através da equidade e da justiça,  enquanto assim não for o desassossego imperará porque o Homem vê-se privado do seu maior bem, a liberdade. 
A desigualdade impõe ao ser humano o servilismo, a submissão,  a ignorância e a resignação como modo de sobrevivência.  Reduzido a uma existência meramente corpórea ele existe mas nunca chega a Ser. E isto é,  a meu ver, fatal para um ser que é feito de Luz, de conhecimento e sentidos. Leva-nos a perder muitos de nós para a depressão e para a demência. Porque o Homem é naturalmente inquisitivo ele vai procurar entender a sociedade que lhe é contemporânea e encontrar soluções para as questões que impeçam a natural evolução ascendente que o move.  Por vezes ele conseguirá identificar a raíz do problema,  descobrindo por consequência a sua solução,  e mesmo munido com esse conhecimento irá ser desacreditado por aqueles que estão na base desse mesmo problema, que se aproveitarão das suas posições na cadeia de poder estabelecida para iludir as massas, enfraquecidas por séculos de escravatura intelectual. Isto irá levá-lo ao ponto da extrema frustração,  uma vez que não lhe resta  senão caminhar em direcção ao abismo como apêndice da Humanidade que é. E consciente da queda eminente.
A religião é o apogeu da domesticação das massas, da deseducação e da ignorância, em todas as suas formas. Fonte de conflitos e guerras, apenas serve para separar e enfraquecer os homens,  promove a desigualdade entre sexos e géneros e está no centro das maiores atrocidades cometidas pela Humanidade ao longo dos tempos. Deus (ou Alá,  o que quiserem) não é mais do que sangue derramado. Que chegaria para tingir a Terra de vermelho e com certeza ainda sobraria algum.
Por oposição à Natureza,  que é criação,  consciência global,  fonte de união e unificação entre os homens, e essencialmente entre corpo e alma.
Natureza que nos criou, nos alimentou, nos educou e nos fez evoluir desde o inicio dos tempos. Sem a qual simplesmente não existiríamos. Sem a qual certamente não estaríamos cá para declarar guerras santas, rezar ao santo capital ou outras aberrações pelas quais abdicámos da nossa própria alma.
Porque razão a nossa existência é algo de que estamos dispostos a prescindir em troca de futilidades como sucesso, fortuna ou poder é algo que me ultrapassa, mesmeriza mesmo, mas não consigo deixar de questionar porque a solução está à frente dos meus olhos. E é verde.

nota: Apenas pensamentos, não se pretende ter ou não razão,  apenas partilhar ideias, verdades universais que todos conhecemos, um pouco clichés até,  sendo o seu ponto fulcral a necessidade de mudar o paradigma.
Que, mesmo sendo verdades (s.f. conformidade da ideia com o objecto,  do dito com o feito, do discurso com a realidade), comprovadas e testemunhadas  ao longo da História não fazem acontecer a mudança. E esse é o paradigma.