quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O cherne e o pescador

Quem já esteve em Olhão deve ter concerteza reparado que políticos é coisa que não se vê muito por lá.
O que se vê são pescadores, de pele dura e áspera como as vidas que levam. Que, tantas vezes, quando saem para trabalhar não sabem se regressam a casa. Que, à conta de políticas de corrupção e favorecimento decididas lá longe na Europa (sob a supervisão de um dos nossos, mais um português que vendeu o seu povo como quem troca cromos de coleção), trabalham por trocos, deixando os lucros para os Belmiros e afins.
E a pergunta que fica é: Quantas indemnizações a famílias de pescadores que perderam a vida a trabalhar cabem na pensão vitalícia e subsídio de reinserção do Exmo. Dr. Durão Barroso?

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Saudades loucas

Tenho tantas saudades de Salazar como de uma valente dor de dentes, e olhem que eu nasci depois da revolução*.  Mas só tive uma dor de dentes na vida e espero não repetir nunca mais.
Pois bem, para quem sente uma saudade louca do antigo regime não tenho muito a dizer, apenas que quem mandava no dito regime do tal incorrompível estadista eram os mesmos que hoje mexem os cordelinhos neste jardim à beira mar plantado. Os mesmos que, já nesses saudosos tempos de rectidão e justiça, andavam de mãos dadas com os banqueiros centrais que fizeram reféns da dívida externa, através de impostos aplicados pelos Estados, milhões e milhões de pessoas ao longo dos últimos 100 anos, levando a que a dívida mundial esteja hoje nos 212%, na casa das centenas de biliões de Euros.
Portanto não vejo diferença entre o tal senhor e todos os outros que se seguiram no seu cargo. Talvez hoje tenhamos uma espécie de assalto bipartido e antes a coisa fosse unipessoal, mas de qualquer forma o dinheiro acaba no mesmo lugar, ou seja, longe daqui nos bolsos dos 1%. Talvez estes políticos que hoje temos sejam um pouco mais bananas, ou até bastante mais, ou pode ser apenas que Salazar disfarçasse um pouco melhor.
E a modos que é isto que eu tinha para dizer aos saudosistas, agora vou ali sentar-me e esperar que o governo mude para me continuar a encher de impostos para sustentar a impagável dívida externa, enquanto as dívidas e os buracos financeiros dos bancos e das bolsas desaparecem por magia de x em x anos.

* Que fraquinha esta revolução que morreu em três anos. E tinha começado tão bem com a expropriação dos sanguessugas e o fim dos monopólios que escravizavam a população, com as associações de trabalhadores a fincarem o pé por melhores salários e melhores condições de trabalho e a tomarem de assalto as empresas, com o fim dos latifúndios e dos grandes proprietários. Só que acabou por tropeçar aos pés do capital pouco tempo depois de começar. Venderam a revolução. E mais tarde, pouco mais, venderam-nos à União, mas isso é outra conversa.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Cambada de Encompetentes(em algarvio para impôr respeito) Obtusos

Os meninos saem das Universidades cheios de teorias que não passam de isso mesmo. São carregados em ombros, venerados pelos patrões e pela classe política. Se vierem de escolas no estrangeiro então  é pedestal na certa para os meninos.
Inventam conceitos que já estavam mais do que inventados e dão-lhes nomes em inglês para lhes dar outro nivél, sendo um dos meus favoritos o outsourcing. Coisa que já se usava quando eu era puto e fazia uns biscates nas obras. Nada mais do que subcontratar prestadores de serviços, passando para os mesmos as dores de cabeça e ficando apenas com os lucros.
Genial? Nem por isso, apenas duvidoso à primeira vista. E criminoso à segunda diria eu.
No caso das telecomunicações, que é o que eu conheço, com esta vaga de desemprego que cresce e cada vez mais contas para pagar, um bando de otários trabalha por tuta e meia para gigantescas multinacionais com CEO's condecorados, com salários sempre bem actualizados e sempre a subir.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Que se lixem as eleições

Exmo. Sr. Dr. Passos Coelho

Não seja piegas, ou covarde,  endireite as costas,  erga o queixo Doutor. Não fuja às suas responsabilidades e olhe-me nos olhos enquanto me engana, como um homenzinho.
Porque se é preciso coragem para assumir políticas de austeridade para salvar o país da desgraça em que outros o deixaram (palavras que soaram quase a poesia vindas da sua boca há uns anos atrás), qual arauto da boaventura, será necessária na mesma dose para assumir o chorrilho de promessas não cumpridas, a  escandalosa submissão ao sistema financeiro, a escalada do défice mesmo depois de todos os anos de sacrifícios impostos a quem trabalha. E a lista continua. No meio deste sangue, suor e lágrimas que é hoje o dia a dia de um português houve quem multiplicasse a sua fortuna, neste país onde comer um bife é um luxo. Pelo meio de quem não tem para comer há quem não saiba qual a cor do carro que vai usar hoje. A mim, por exemplo, já me chegava ter gasolina para ir trabalhar amanhã.
Por isso Doutor, não me atire estatísticas, nem percentagens ou gráficos.  Saia para a rua  e bata à porta das pessoas, olhe-as nos olhos e diga que foram os outros. Os que não cumpriram as  suas promessas,  os que se envolveram com o poder económico,  uns malandros, uns canalhas, nenhum deles da sua cor política,  nenhum deles o Exmo. Sr. Doutor. Bata-me à porta que eu cá o esperarei. De costas direitas e queixo erguido para o olhar nos olhos, como um bom português.
Que se lixem as eleições,  demita-se já e poupe-nos a mais esse trabalho, que por uma vez não saberá a sacrifício. Demita-se e trate de assumir funções numa qualquer empresa com hipotéticos e irrealistas estatutos,  que lhe garanta um fluxo estável de despesas de representação. Fique-se por Massamá, ou pela Manta Rota, e deixe os destinos do país que isso é coisa para gente crescida.

sábado, 18 de outubro de 2014

Às vezes é preciso sê-lo. E sem selo.

Fazendo um breve resumo da governação de mais um executivo escolhido a dedo para nos elevar a novos patamares de pobreza e fragmentação social. Não que este seja pior de algum modo do que algum dos outros que por cá passou nos últimos quarenta anos de bipartidarismo, aliás a questão é que são todos muito iguais para quem defende causas tão diferentes, e isso é que é de estranhar. Até porque, parece-me a mim, no meu humilde ponto de vista,  têm seguido basicamente a mesma linha de desmembramento do Estado, com a progressiva redução dos apoios sociais, cortes na Saúde e na Educação,  com a privatização sucessiva de empresas em sectores fundamentais para a autonomia de um país,  como a banca, a energia e as telecomunicações. 
Se eu não soubesse melhor, e pensasse que o objectivo destes senhores era endividar e escravizar (a palavra é forte mas não encontrei mais adequada ao que sinto quando vejo a real situação dos meus irmãos que dobram as costas por meia dúzia de tostões em nome da "competitividade", que nada mais é do que reduzir ordenados aos trabalhadores e aumentar lucros aos acionistas, que esfregam as mãos de contentes sentados em cadeiras de luxo, com as costas direitinhas. E porque raio é que em toda a Europa os salários haveriam de ser tão mais baixos aqui se não para nos manter um país exportador de mão de obra barata? Questão que a deseducação instituída ajuda a confirmar) o país, diria que são extremamente competentes, e até coerentes que é coisa que raramente lhes posso apontar.
Não basta  parecê-lo, às vezes é preciso sê-lo. No caso de Passos Coelho, ser mais homem, mais íntegro,  mais humilde, mais dotado de espinha dorsal. Como no caso de todos os outros que têm ocupado cargos políticos neste nosso quintal. O que rareia é tão simplesmente a vergonha na cara. De Soares (o "pai" da democracia, e também da lavagem de dinheiro dos diamantes africanos) a Cavaco (o Sr. Autoestradas, que ligou Portugal mas se esqueceu de criar condições às pessoas, que são o que realmente importa, para usufruírem dessas mesmas estradas para lugar nenhum. Ah, e pelo caminho encheu os bolsos a umas quantas construtoras, que até hoje continuam a lucrar com as estreitas ligações ao o Estado) passando por Sócrates (pomposo e arrogante como poucos, corrupto até aos ossos como muitos) e Barroso (o famoso cherne que inchou tanto de trabalhar lá na Europa que agora mais parece um peixe balão. O que fez, além de ser um fantoche, ninguém sabe realmente,  aqui ou na Europa)
Quem manda no Governo? Pelos vistos o Ricardo Salgado. Parece que está provado que qualquer Governo para sobreviver não depende dos eleitores,  mas sim do selo de aprovação dos ricos e poderosos. Sendo assim, votar ou não votar dá no mesmo, diria eu. O mesmo é dizer que não estamos aqui a fazer nada, não somos mais do que stock, acomodado em  apertadas prateleiras para troca e venda. Não restam dúvidas que estes senhores não estão propriamente a lutar pelo bem da população ou pelos interesses do país.
Sendo assim deveríamos,  pela lógica, concordar que não estão a fazer o seu trabalho e dispensá-los das suas funções.  E até quem sabe chamá-los à responsabilidade pelos seus actos fraudulentos (e não me digam que é exagero, porque o caso recente do BES e do BdP e do outro que ligou ao Secretário de Estado Moedas como se ligasse para a Telepizza é de fazer o Afonso Henriques de novo aviar na mãe lá no além).
Mas quando alguém põe sequer a hipótese de afastar estes partidos(com comprovada incompetência e má fé na direcção dos destinos do país) da governação, logo nos vêem dizer que não há solução, que seria o fim do Mundo se deixássemos de ser lacaios do "mercado livre" e do FMI, que os restantes partidos não têm estrutura ou competências para governar, etc. e coiso. Mas isso nós não sabemos porque nunca experimentámos,  o que experimentámos foram quatro décadas de favorecimentos, de enriquecimento ilícito, de desapropriação, de deseducação,  de corrupção.
Em relação a isto, que é o que conhecemos, o que poderíamos encontrar de tão mau no lado oposto do espectro? O abismo da competência? O precipício da justiça social? O Apocalipse da igualdade?
Se algum dia a hora de mudar se provou de urgência inadiável,  esse dia é hoje, porque a mudança custa e leva tempo, porque temos armas que não tínhamos para começar esta viagem/viragem para um  caminho que sabemos melhor do que este que agora trilhamos. Porque parece, pelo que se fala e lê, que estamos mais atentos e mais sedentos de mudança, e temos de deixar de parecer para passar a ser.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

É possível ser-se ainda mais hipócrita

O que seria se um dia tivéssemos de assumir os nossos irmãos africanos como pessoas em vez de selvagens e ignorantes que propagam doenças? Curiosamente os surtos e epidemias em África têm quase sempre origens duvidosas e, arriscaria dizer, criminosas por vezes. Obviamente que a educação e a informação escasseiam e isso não ajuda, mas essa é apenas mais uma face deste processo de desacreditação do povo Africano. Mas, estranhamente,  quase nunca a origem destas doenças é no Continente Africano. É engraçado que tanta gente se atropela para "ajudar os coitadinhos", há até organizações de cariz militar, como a Mossad, que, de repente, tem súbitos ataques de consciência e se dedicam por momentos à caridade e lá vão dar uma ajuda aos selvagens. Sem segundas intenções claro. A ciência sai cara, como todos sabemos, e se queremos viver até aos 150 anos temos de ter onde testar o que vai sendo desenvolvido pelos cientistas nos países ricos. E porque é que são desenvolvidos nos países ricos todos estes medicamentos que salvam e prolongam vidas? Simples, porque nós basicamente queremos salvar os ricos, porque nós somos os ricos, os que investimos os recursos que roubamos, em África por exemplo, no bem estar de uma minoria dominante (a própria expressão é uma contradição).
Mas o que seria do Mundo se algum dia os pretos deixassem de ser esta eterna ameaça? Esta corja de bandidos e estupradores,  os culpados de todos os males do Mundo, sem necessidade de julgamento.
O que seria dos países desenvolvidos da Europa Central se hoje África fosse só mais um Continente e os Africanos cidadãos como quaisquer outros de qualquer outro país do Mundo?
Teríamos de assumir as pilhagens, as violações,  os homicídios. Teríamos que, publicamente,  pedir desculpas a todo um Continente.  Teríamos certamente de proceder à indemnização dos lesados e à expropriação dos abusadores que por lá continuam a saquear os recursos do povo Africano. Curiosamente os mesmos que eternizam os comentários racistas e a discriminação racial. Vá-se lá saber porquê? 

domingo, 12 de outubro de 2014

De que é que tu estás à espera?

A educação é a base de qualquer sociedade que se diga livre. Só facultando a todos os cidadãos, através de um ensino público de qualidade, as bases que lhes permitam desenvolver a capacidade de discernir e opinar se pode viver em democracia. Quando negamos e adiamos esse direito a uma parte da população, ainda para mais socialmente desfavorecida, estamos na realidade a negar-lhe a liberdade, o bem maior de todos os homens. Artigo 1° da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) " Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade". Artigo 26°/1 " Toda a pessoa tem o direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; O acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos, em plena igualdade, em função do seu mérito ".
Não é de espantar num país em que se glorificam e recompensam gestores de topo, exímios em reduzir custos através de estratagemas duvidosos, mas que, entretanto, encaixam salários de  fazer corar o Ricardo Salgado. Em que um qualquer militantezinho de uma qualquer Juventude Partidária tem direito a milionárias despesas de representação mas os professores são tratados como gado, e, segundo as palavras do Exmo. Sr. Dr. Primeiro Ministro, se quiserem que se queixem à Justiça como é direito de qualquer cidadão. Só que se esqueceu de dizer  que essa coisa da Justiça por cá também não funciona, diz que até já pediram desculpas em público por isso e tudo, muito sorrateiramente.
Este não é um problema português, passa-se um pouco por todo o Mundo, mas por aqui a falta de vergonha é tão evidente que se torna uma afronta. E a óbvia incompetência dos intervenientes leva-me a pensar que isto não pode ser o melhor que têm para nos oferecer. Se o Passos Coelho e a restante comitiva, os Cratos,  as Teixeiras da Cruz, etc. eram o melhor e mais eficiente  que o PSD e o CDS lá tinham para defender os nossos interesses como País mais vale desistirmos já disto de brincar aos Governos. E se não era a crème de la crème dos sociais-democratas a coisa ainda piora para mim, porque raio iriam escolher um incompetente dispondo de gente capaz? Isso seria basicamente sabotagem.
E porque é aqui que estamos, por aqui devíamos começar a mudar. Devíamos, nós sociedade civil, criar mecanismos para vigiar atentamente estes senhores,  e os seus supervisores que nunca supervisionam nada por aqui. Devíamos estar muito mais atentos para nos sabermos defender destes atentados à condição humana, ou os  nossos filhos poderão acordar um dia e ser escravos da ignorância. DUDH Artigo 4° " Ninguém será mantido em escravatura ou servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob  todas as formas, são proibidos ".

sábado, 4 de outubro de 2014

Entre o S e o A


Para ti,


Entre o S e o A, elemento essencial para respirar
Entre o S e o A, ingrediente elementar para pensar
Entre o S e o A, alimento fulcral para idealizar
Entre o S e o A, aquilo que nos faz sonhar
Entre o S e o A, a liberdade para amar
Entre o S e o A, a coragem para acordar
Entre o S e o A, a força para lutar
Entre o S e o A, humildade para aceitar
Entre o S e o A, a capacidade para respeitar
Entre o S e o A, o Mundo para descobrir e abraçar
Entre o S e o A, levar sempre a cabeça para pensar, mas nunca esquecer o coração
Entre o S e o A, tudo e mais alguma coisa vais encontrar

Há lixo no país das maravilhas

(texto da Pi recuperado do "velhinho" salpicos. a Pi, que diga-se de passagem, havia de ser, no mínimo, Ministra da Cultura deste desinformado país, passa os dias atrás de uma secretária a resolver os problemas de meia dúzia de energúmenos doutores. e este é o espelho do país que temos, em que tudo se consome e nada se produz, apesar dos recursos. humanos neste estranho caso da genial secretária, e em muitos mais certamente)

o sol brilha, o céu está azulinho, a brisa é doce e morna, as ondas do mar "splasham" baixinho nas areias brancas, a comida é irresistível e a bebida enebriante, as mulheres são deliciosas e os homens latinamente apetecíveis...
mas, está cheio de lixo este país encantado, escondido no rabo da europa.
lixo mental, não reciclável e criticamente poluente!
de todas as influências, adoptamos as piores. de todos os povos que nos escolhem e visitam, seguimos os piores. sem escrúpulos, sem valores, sem educação, sem civismo, sem decência e com muita ignorância!
lixo social, tóxico e em severa decomposição!
uma luta indescritível, diária, contínua, pesada. de labuta, de suor, de esforço, de muito sacrificio... para carregar uns quantos às costas, na lombada dos que já quase não se conseguem levantar tal é o peso.
nasce o sol (o tal que brilha no céu azulinho), sai para rua, corre para o trabalho, falha o metro porque estão em greve, falham os comboios porque houve um problema com uma cantoneira, falha o civismo, falha a vontade, falha a fé.
lixo cultural, pseudo poluente e acessível só para uns quantos!
as televisões, as rádios, os jornais que chegam às massas desviando gratuitamente o acesso à informação, à educação, à cultura.
lixo, lixo, lixo!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Cleptoparasitismo

(desta vez não fui eu que inventei a palavra, podem encontrar o seu significado aqui.)

Há uns dias atrás foi publicada uma notícia num jornal indiano que cobria as primárias do PS, em que tinha saído vitorioso um tal Ghandi lisboeta. António Costa foi assim apelidado pelo jornal indiano Hindustan Times pelo seu, e passo a transcrever, "espartano estilo de vida" (caso ainda não tivessem lá chegado).  E não, este jornal não é o Inimigo Público lá do sítio,  se é que estavam na dúvida. 
Ora o que é que isto tem a ver com a palavra que dá título a este texto?  
Basicamente é a mais adequada para descrever aquilo que o Ghandi Costa fez ao choninhas Seguro depois das Europeias. Analisemos então, soube esperar pelo momento certo, corresponde. Teve olho para escolher a vítima,  corresponde. Parece-me claro que estamos na presença de um cleptoparasita. 
Não obstando, conseguiu ainda vencer as primárias do PS, com todo o mérito e por uma margem que  não deixa dúvidas de que para os socialistas e os seus simpáticos simpatizantes mais vale um ghandi oportunista do que um choninhas pequenininho. E eu concordo porque choninhas já temos um em Belém e, diga-se de passagem, dificilmente encontraríamos um melhor representante da classe.