quinta-feira, 31 de julho de 2014

olhos na cara

sim eu sei que os judeus são um povo de valor. carregadinho de prémios Nobel e todas essas coisas lindas e tão válidas que foram entregues, por exemplo e falando apenas no Nobel da paz, a pessoas como Desmond Tutu, que pouco mexeu as unhas enquanto o regime dizimava o seu povo. ou mais recentemente a Barack Obama,  presidente de um país que financia guerras e patrocina assassinos como quem come tremoços,  que inclusivamente vendeu os rockets que há poucos dias caíram numa escola algures em Gaza.
mais do que lutar para que o holocausto não seja esquecido, é preciso lutar para que não seja repetido.

ferias em gaza (rascunho)

terra santa

tudo é sagrado na terra santa. o chão que pisas é sagrado, o ar que respiras é sagrado, tudo o que o olhar abarca é sagrado. até há um raio dum muro que é sagrado na terra santa.  só as crianças não são sagradas na terra santa, nem as mulheres, nem... esquece, nem o ser humano é sagrado na terra santa. não deixa de ser irónico, e frustrante, e confuso talvez. santa terra? guerra santa? sangue na terra? terra que sangra?
a própria Terra, essa sim sagrada, já esqueceu quando tudo começou. e provavelmente também não sabe quando vai acabar.
não sei quem começou ou de que lado está a razão mas sou naturalmente desconfiado no que toca a monopólios. a acumulação, seja ela de riqueza, poder, influências, etc. é feita normalmente às custas de outros (indivíduos, povos). se atentarmos bem na rede de poder que controla o mundo de hoje não podemos deixar de reparar que os judeus estão muito bem colocados, e por toda a parte, nas mais diversas áreas. como não sou especialista não sei que conclusões tirar disto, a única que realmente me fica é que nesta guerra existe um brutal desiquilíbrio de forças. e o resto é paisagem.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

à beira mar plantado

de todos os livros que me aconselharam a ler não peguei em nenhum, dos "clássicos" aos "incontornáveis". quer dizer, tirando aqueles que fui literalmente obrigado. mas ainda vou a tempo de o fazer. até porque nunca fui à procura de um livro, fui sempre encontrado de algum modo por eles.
um pouco de  Miller , uma pitada de Kafka, um cheirinho de Vian, uma dose de Chico,umas raspas de Hemingway, um raminho de MEC, tudo temperado com muito Zink. e mais outras coisas que vão aparecendo, e desaparecendo, no meu caminho.
procuro além de escrever em português pensar em português. porque é nossa propriedade esta melancólica alegria cozinhada em sal e sol e terra. este sonhar acordado, viajar sentado, ir a todo o lado sem sair do lugar, este querer sair mas querer ficar, este dar  o que não se tem, seja isso pão ou apenas companhia.
esta nossa grandeza não tem conta em nenhum banco, não está nas mãos de banqueiros ou políticos. está muito mais bem guardada, gravada na alma de um povo. e isto não vem nos livros.
talvez a razão porque tantas vezes passei ao lado dos clássicos. o conhecimento aborrece-me por vezes. tal como na guitarra em que faço questão de não saber os acordes, e quando mos recordam faço questão de os esquecer porque me prendem, toldam-me o instinto, tiram-me a vontade de brincar.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

e dura...e dura...

ora hombridade deixa cá ver...

domingo, 27 de julho de 2014

le fromage

algumas mulheres quando estão grávidas têm apetites, ou desejos como lhe quiserem chamar, alguns muito específicos. cá em casa é queijo, bastante. tanto que estivemos quase a mudar-nos para os Açores porque vimos na tv que lá mandam bolas de queijo pelas encostas abaixo e era só construir a barraca cá em baixo para ter o stock sempre garantido.
mesmo assim queijo para mim é perfeito. nada de salada de lírios de machupichu que só dão no verão quando estão mais de 50 graus e se a décima  terceira pétala estiver virada a sul. nada disso, apenas queijo, facilmente adquirivél em qualquer supermercado. perfeito.
assim pensava eu até ao dia em que fomos à consulta com o sr. doutor em que iríamos ficar a saber se era menino ou menina. o senhor saca do gel, pega na gerigonça e encosta-a à barriga. empurra para aqui, empurra para ali e às tantas eu perguntei, ansioso: é menino ou menina?
ele olhou para mim com ar grave e respondeu: é gruyère.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

ah o amor! esse granda filho duma granda p#*+@

troca-te as voltas de todas as vezes. tu bem te preparas, traças o caminho que queres para o teu amor, porque afinal é teu.
mas tens zero chances que te corra conforme o planeado, tira daí o sentido porque não há plano que te valha. até porque no amor a lógica só atrapalha.
esquece tudo o que aprendeste porque vais fazer precisamente o contrário. é como um despiste numa recta, tu até estás a controlar, vais direitinho como convém, só não sabes é que nunca tiveste sequer hipótese. ou como ir na rua, olhar para um poste e saber que vais lá marrar, mesmo depois da vã tentativa de te desviares. e quanto mais lutas mais te enrola, qual pitão birmanesa.
ah o amor é lindo!
talvez, mas também um pouco bruto às vezes.

terça-feira, 22 de julho de 2014

porque será?

nunca fui de grandes escritas, até ao bendito dia em que me baldei à tasca e fui até à escola.
ouvi falar de Pessoa numa aula de português, muito rápido, meio de passagem meio de chegada. aí algo mudou e cresceu em mim, uma vontade inexplicável de juntar palavras a outras palavras, oferecendo-lhes companhia. nunca mais parei...em pequenas doses a serem consumidas com moderação. no início era apenas a caneta no bolso e guardanapos de café que se acumulavam e tantas vezes se perdiam. depois vieram os cadernos que com voltas e reviravoltas acabavam também por desaparecer. e de seguida os blogs, com mais ou menos assiduidade nos posts, ou conforme a minha tripolaridade  permita ou não que eu me levante e vá escrever umas linhas.
porque é que o faço mais agora, perguntaram-me. a resposta é simples, estou grávido. a sara já está a caminho, e não vou ser com certeza eu a dizer à sara um dia que até gosto de escrever mas que não o faço por qualquer absurda razão.
como diria aquele senhor que um dia se candidatou à presidência da républica mas correu-lhe muito mal a coisa:
"mais vale darem-me já um tiro na cabeça".
nada dramático o senhor.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

corruputos

qualquer pessoa que se candidate a um cargo politico  devia responder a um simples inquérito com perguntas do género: quanto custa um pacote de leite?ou quanto custa 1 quilo de batatas? não é possível que alguém habituado a gerir milhões saiba como gerir uma família de quatro com menos de 1000 euros por mês, que é basicamente quem os políticos representam.já sei que sou um esquerdista manhoso que não quero trabalhar e etc,etc. acontece que para mim, e os gregos que me desculpem,  a politica está morta. causa natural, morreu de podre. e com ela os políticos. 
sou essencialmente apartidário, se está partido não está unido ( melhor não o diria lili caneças).o que precisamos é de pessoas competentes, sem ligações a partidos ou grupos financeiros, que nos representem, ou seja, não políticos.
quanto a estar à esquerda ou à direita não faço ideia mas entre o social e o capital não me parece estranho rejeitar que seja o segundo a gerir a minha vida, uma vez que as únicas coisas com que o tão adorado capital nos presenteou até hoje foram a corrupção, a exploração, a omissão e a injustiça.
virem à esquerda, virem à direita, virem para onde quiserem. só não  se virem contra as pessoas.

óbvio

a mim ninguém me convence da existência de um buraco na camada de ozono ou mesmo do aquecimento global.
deus não permitiria tal coisa.

não consigo resistir

há coisa de uma semana voltei à carga e tentei montar um político outra vez. sou assim, um optimista.
correu bem melhor, em cinco minutos estava pronto. só sobrou uma peça onde se pode ler "hombridade".
ainda aqui estou a tentar perceber onde é que encaixa.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

só mais esta

quantos políticos são necessários para trocar uma lâmpada?
só um. o resto é família e assessores.

e mais?

ontem tentei montar um político... não consegui, faltava um montão de peças.

querem mais?

outro dia tentei compactar um político... não resultou. é coisa que ocupa muito espaço.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

título

o q eu gosto mesmo mesmo mesmo é de jardinar. não tenho frequência universitária e o meu secundário foi passado numa tasca de nome 9b. não me considero escritor ou poeta porque todos o podemos ser, todos temos algo a dizer e as lições às vezes vem de onde menos se espera. enerva me ( só um bocadinho ) a expressão poeta do povo. não que me ofenda de algum modo mas do povo por oposição a quem? às "elites"? que no fim de contas são povo também. ou serão semi deuses que nos honram com a sua companhia? isto de não passar pelas universidades tem várias desvantagens. mas tem a enorme vantagem de não se ser contagiado por correntes de pensamento antagonizadas com a propria vida.

sábado, 12 de julho de 2014

quinta-feira, 10 de julho de 2014

apoio ao cliente mas com muita calma

eu sou do tempo do "mimo", um telemóvel que de móvel tinha pouco. tempos em que a revolução aconteceu quando passou a ser possível mete - los no bolso.ora há pouco tempo adquiri (porque fui obrigado) um smartphone, que também não é muito portátil mas compensa porque só não tira é imperiais. mas eu ando à procura de uma app que me resolva isso. feliz da vida pego no telemóvel meto-o no bolso, passado 5 minutos saco - o do bolso e estava em modo caleidoscópio, mais inútil do que o próprio do cavaco. lá fui eu para a loja todo contente com a factura e tal a achar que ia ser fácil a resolução do caso, telemóvel comprado ontem como podia não ser fácil?? podia mesmo, afinal estamos em portugal onde o cliente tem sempre...qualquer coisa a esconder. entreguei o telefone e contei a minha aventura à senhora por trás do balcão, cujo nome não apanhei distraído com o seu encanto e carisma, que prontamente me disse: isto só acontece quando cai ao chão. uma vez que o telefone caiu apenas duas vezes, uma da minha mão para o meu bolso e outra do meu bolso para a minha mão, conversa puxa conversa eu acabei a pedir o livro de reclamações.  conclusão o smartphone não vale os 5 euros que a vodafone paga aos chineses por ele quanto mais os 70 que eu paguei.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

resposta ao próprio (eu, mim)

obviamente eu sei que enxadas e bicicletas por si só não são a solução. quer dizer, mais sustentável que isso é impossível, só que já se está mesmo a ver a evolução da coisa,  enxadas topo de gama, super estrelas da enxada,  consultores para os assuntos da enxada, tudo de novo. não me levem a mal, não tenho nada contra todas estas pseudo profissões/ocupações que nos rodeiam nos tempos que correm.mas tenho de admitir que me fazem alguma confusão,  especialmente com tanta terra livre para cavar (voltamos à apologia da enxada). alguns podem tomar-me por anarquista, coisa que, garanto, não me é possível ser basicamente porque não tenho a mínima fé na capacidade das pessoas em serem responsáveis por si próprias. quer dizer, se num mundo de tribunais e advogados e provas irrefutaveis mesmo assim há quem consiga evitar ser responsabilizado pelos seus actos é irrealista esperar que o façam por sentido cívico.
não querendo isto dizer que eu não tenha fé nas pessoas, pelo contrario, está mais que provado que somos capazes de grandes feitos.
só que já começa a ser tempo de olhar para o que é realmente importante e agir.
nunca fui daqueles que acreditam que isto só lá vai à bomba. sou mais pelas machadadas. nos sítios certos claro.
"if you are a big tree we are a small axe sharpened to cut you down" - ricardo salgado (num universo paralelo)

terça-feira, 1 de julho de 2014