terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Um Charlie deu-me block no Twitter

O engraçado é que só comecei a seguir porque pensei que era comédia, e da boa, daquela sarcástica e pungente ao estilo de um Bruno Nogueira, mas mais baixinho (a vários níveis), daquele tipo de humor em que se dizem as maiores enormidades mas se consegue manter um tom sério enquanto se o faz.
É que nem cheguei sequer a dizer-lhe realmente o que queria dizer-lhe, e agora também já não me apetece. A única coisa que lhe pedi, depois de ler um dos seus espirituosos tweets referindo-se ao governo grego, que passo a traduzir uma vez que o nosso Secretário de Estado dos Assuntos Europeus escreve em americano: "A politica europeia simplesmente não funciona através do confronto aberto", foi que não me fizesse rir porque eu estava com cieiro, o que até  era verdade, e todos sabem como pode ser das poucas situações em que um sorriso se pode tornar desconfortável, uma vez que repuxa a pele quebradiça dos lábios e chega até a causar dor por vezes.
Mais tarde descobri que ele estava a falar a sério quando tweetou o seguinte acerca da governação nacional: "Também provámos que é possível ter crescimento económico e, ao mesmo tempo, uma significante consolidação fiscal", e chorei pela parte dos meus impostos cujo destino é pagar-lhe o ordenado. O que vale é que já não há de ser por muito mais tempo.
Eu devia ter desconfiado pela expressão jubilosa e convicta

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